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Smartphone acentua males psiquiátricos, diz pesquisador

“Narcisismo, depressão e obsessão são aqueles que parecem ser os mais frequentes”, afirmou Rosen em entrevista.

[Rafael Garcia, Folha SP, 26 jun 12] Quando o psicólogo Larry Rosen publicou seu primeiro estudo sobre problemas mentais ligados à tecnologia, em 1984, o vício em videogames Atari era praticamente o único assunto na área.

Hoje, com smartphones e redes sociais pedindo atenção permanente das pessoas, a lista de problemas cresceu para uma dezena de sintomas de males psiquiátricos. Continue lendo

Linguagem corporal ganha peso no ambiente corporativo

Diferentes tipos de apertos de mãos, gestos que denunciam mentira ou nervosismo, objetos usados como barreiras: o corpo fala no dia a dia de trabalho.

[Maíra Amorim, O Globo, 10 mar 12] Ficar balançando as pernas, cruzar os braços, coçar o nariz e segurar o queixo com as mãos — quantas vezes por dia um profissional não realiza ao menos um desses movimentos? Em muitos casos, sem se dar conta da mensagem que pode estar transmitindo: frieza, nervosismo, mentira ou falso interesse. Pois na seleção para um emprego ou no dia a dia de trabalho, os significados da linguagem corporal ganham cada vez mais peso para recrutadores e gestores, que veem, nesses sinais, indicativos que podem dizer muito sobre a personalidade e desempenho de candidatos ou funcionários.

— Observar a linguagem corporal sempre fez parte da rotina de quem trabalha com recrutamento, mas, hoje em dia, existem mais pesquisas que comprovam essas ideias. Isso nos deixa até mais seguros na hora de aplicar esse conhecimento na prática — diz Natalia Caroline Varga, coordenadora de Recrutamento e Seleção do Nube, empresa que coloca jovens no mercado de trabalho. Continue lendo

Por que as crianças estão cada vez mais infelizes?

Especialistas em saúde infantil chamam a atenção para uma epidemia silenciosa que afeta a saúde mental das crianças que, ainda pequenas, precisam lidar com as pressões da sociedade moderna.

[Natalia Cuminale, Veja, 12 fev 12] Uma em cada onze crianças com mais de oito anos de idade está infeliz, segundo um estudo divulgado em janeiro deste ano pela Children’s Society, organização centenária de proteção infantil. Apesar de a pesquisa trazer à tona uma realidade das crianças entre 8 e 16 anos do Reino Unido, especialistas brasileiros em saúde infantil afirmam que esse não é um problema exclusivo das crianças britânicas. No Brasil, a realidade é parecida. Ana Maria Escobar, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo, conduziu uma pesquisa com os pais de cerca de 900 crianças de 5 a 9 anos que estudavam em escolas particulares e estaduais. Continue lendo

Droga mais devastadora que o crack é vendida na noite paulistana

Comprimido de metanfetamina chega a custar R$ 200 e é confundido com ecstasy.

[Jaqueline Falcão, O Globo, 13 dez 11] Confundida com comprimido de ecstasy, a metanfetamina é a droga do momento em baladas em jovens de classe média alta em São Paulo. Seu efeito é mais devastador que o crack. Um comprimido chega a custar R$ 200 e garante euforia de oito horas e potência sexual de até 30 horas. A “potência” do comprimido azul e a curiosidade em experimentá-la fazem aumentar o consumo da droga na capital. Neste ano, a Polícia Federal de São Paulo apreendeu 145.333 comprimidos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. A Polícia Federal não informou dados de apreensões em outros estados.

Os comprimidos de metanfentamina chegam mesmo, muitas vezes, a confundir a própria polícia. Muitas apreensões foram feitas como ecstasy. Mas a substância só era descoberta, segundo a polícia, quando a análise feita por laboratórios apontavam resultado negativo para ecstasy. E posteriormente se confirmava se tratar de metanfetamina em forma de comprimidos. Isso explica as sete apreensões na capital e região do Grande ABC, neste ano. Continue lendo

Automutilação é praticada por um em 12 adolescentes

[Mariana Versolato, Folha SP, 24 nov 11] Um em cada 12 jovens se mutila, com agressões como cortes, queimaduras e batidas do corpo contra a parede.

Para os que se autoflagelam, a prática é uma tentativa de aliviar sensações como angústia, raiva ou frustração, segundo especialistas. O problema é mais comum entre mulheres de 15 a 24 anos.

Esse é o primeiro trabalho a acompanhar a evolução da automutilação da adolescência à vida adulta. As conclusões são de um estudo publicado na revista médica “Lancet”, feito no King’s College, em Londres, e na Universidade de Melbourne, na Austrália.

Entre 1992 e 2008, foram avaliados 1.802 adolescentes, entre os quais 8% afirmaram ter se mutilado de alguma forma. Ao completarem 29 anos, menos de 1% dos jovens mantinham esse comportamento.

A conclusão dos autores é a de que, na maioria dos casos, o problema se resolve espontaneamente. Continue lendo

Hábito perigoso: adolescentes usam absorventes com vodka para ficar bêbado mais rápido

[Hypescience, 16 nov 11] A prática parece ser feita a algum tempo, mas muitos ainda pensam (ou esperam) que isso possa ser um mito urbano. Mas a polícia afirma que introduzir absorventes cheios de vodka em… lugares escuros é muito popular entre jovens. E não apenas entre as garotas.

Ou eu estou ficando velho, ou sou um bêbado amador, porque nunca ouvi falar nessa técnica. Com uma pesquisa online rápida, você descobre que a prática não é tão incomum, e é popular entre adolescentes ansiosos em ficar bêbados rápido sem que ninguém veja (as garrafas, claro). E apesar de parecer algo mais direcionado às garotas, os rapazes descobriram que também conseguem usá-los. É chamado, aparentemente, de “drinque de bunda”.

Espero que você já tenha passado do momento “o quê? onde vai isso?”, porque a coisa continua. Policiais registraram casos de adolescentes bêbados por culpa do método alternativo. Quando você bebe da maneira “conservadora”, os ácidos estomacais e outras barreiras naturais impedem que todo o álcool seja absorvido. Mas áreas mais vascularizadas, como a vagina ou o reto, absorvem o álcool direto para o sangue. Isso ajuda quem pretende ficar bêbado rápido e intensamente. Alguns até afirmam que o efeito dura mais. Continue lendo

As revelações sobre o cérebro adolescente

Novas pesquisas decifram as transformações cerebrais que acontecem na adolescência, explicam comportamentos típicos e sugerem como lidar com eles.

[Mônica Tarantino, Monique Oliveira e Luciani Gomes; Isto É; 21 out 11] O que faz uma garota de 14 anos passar o dia inteiro emudecida, trancada no quarto? Ou ir do riso à fúria em menos de um segundo? Pode ser realmente difícil entender a cabeça de um adolescente. Para ajudar nesta tarefa, a ciência está empreendendo um esforço fantástico. Nos Estados Unidos, ele está sendo capitaneado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMH). O órgão – um dos mais respeitados do mundo – está patrocinando uma linha de estudos focada na busca de informações para compreender o que está por trás das oscilações de humor e comportamentos de risco que marcam a adolescência. E as informações trazidas pelos estudos realizados até agora estão construindo uma nova visão da metamorfose sofrida pelos jovens. “O cérebro do adolescente não é um rascunho de um cérebro adulto. Ele foi primorosamente forjado por nossa história evolutiva para ter características diferenciadas do cérebro de crianças e de adultos”, disse à ISTOÉ o neurocientista americano Jay Giedd, pesquisador do NIMH e um pioneiro na investigação do cérebro adolescente.

Giedd e seus colegas estão redefinindo os conceitos da medicina sobre essa fase da vida. Para eles, os tropeços da adolescência são sinais de que o cérebro jovem está procurando se adaptar ao ambiente. Nos primeiros 13 anos de pesquisa, os cientistas estudaram mudanças cerebrais ocorridas do nascimento até a velhice, na saúde e na doença. Descobriram que a adolescência é marcada por um aumento das conexões entre diferentes partes do cérebro. É um processo de integração que continuará por toda a vida, melhorando o trabalho conjunto entre as partes. Continue lendo

Pornografia na web não é mais um império masculino

Consumo de conteúdos adultos cresce entre mulheres. Até as produções em vídeo ganham um novo gênero: o pornô feminino

[Paula Reverbel, Veja, 9 jul 11] Um dormitório da casa da família Balboa, em Recife, mantém sua porta fechada durante toda a noite. Lá dentro, sentada diante de um computador, uma pessoa conecta o fone de ouvido na máquina e atravessa a madrugada com os olhos grudados no monitor, assistindo a quantos vídeos aguentar, até ser vencida pelo sono. O restante da noite é gasto na troca de mensagens com contatos em redes sociais ou salas virtuais de bate-papo, à procura de mais filmes do gênero consagrado como “pornô”. É assim que a fotógrafa Tati, de 27 anos, gosta de gastar o tempo livre.

Ela faz parte de um número crescente de mulheres que apreciam pornografia na internet – e investem nisso tempo e dinheiro. Sim, a exemplo de games, computadores e futebol, esse também não é mais um território exclusivamente masculino. “O consumo de conteúdos pornográficos foi tradicionalmente comum entre homens. Porém, aos poucos, temos observado esse comportamento também entre mulheres”, diz Marco Scanavino, responsável pelo Ambulatório de Impulso Sexual Excessivo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. “A pornografia passou a fazer parte dos recursos válidos para buscar a satisfação sexual – uma busca que hoje é vista como um direito.” Continue lendo

Currículo abre porta, comportamento fecha

[Estadão, 20 jun 11] Um currículo irretocável é a porta de entrada para um profissional em uma empresa. Se o documento define sua chegada, no entanto, é seu comportamento, que pode antecipar sua saída.

Segundo empresas de recrutamento e especialistas em recursos humanos, não adianta um funcionário acumular qualidades como alta capacitação, idiomas na ponta da língua ou larga experiência no mercado se não estiver em sintonia com o estilo da empresa. Ou, ainda, se for desrespeitoso com colegas, mostrar traços de inflexibilidade ou ser pouco aberto a mudanças – que hoje ocorrem em alta velocidade nas corporações.

A diretora da consultoria Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo, Jane Souza, resume a importância da atitude pessoal do funcionário para sua permanência em uma empresa: “A tendência atual do mercado é de que 25% de sua permanência na companhia dependa de sua capacidade profissional e 75% do seu comportamento”, explica. Continue lendo

Crianças já ficam de fora dos planos de 14% das mulheres

[Folha SP, 10 mai 11] Cada vez mais mulheres decidem não ter filhos. E não há Dia das Mães nem pressão familiar que as façam mudar de ideia.

Nos últimos 50 anos, a média de filhos por mulher no Brasil caiu de 6,1 para 1,9. Muitas só diminuíram o número de herdeiros, mas uma grande parte decidiu voluntariamente ficar para tia.

Segundo o demógrafo José Eustáquio Alves, pesquisador da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, sempre houve uma porcentagem de mulheres sem filhos.

Eram as chamadas solteironas ou aquelas que tinham problemas para engravidar, em torno de 10% da população. “Hoje, estima-se que 14% não são mães.”

Esse crescimento aconteceu na última década, motivado por razões que vão muito além da popularização da pílula anticoncepcional. Continue lendo

Pessoas felizes tuitam juntas

[Olhar Digital, 16 mar 11] Psicólogo americano analisou tuítes e chegou à conclusão de que, assim como na vida real, pessoas alegres se relacionam com pessoas felizes

O psicólogo da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, Johan Bollen, analisou 102 mil tuítes pinçados de um universo de 129 milhões de pessoas nos últimos seis meses, e descobriu que a mesma dinâmica de relações da vida real ocorrem no Twitter.

Segundo o site New Scientist, o psicólogo chegou à conclusão de que, assim como na vida real, pessoas infelizes também procuram pessoas menos felizes no Twitter. O contrário também acontece: os mais alegres preferem se relacionar com outros indivíduos de bem com a vida.

Bollen não soube explicar o motivo da conexão, mas sugeriu que as emoções expressas, mesmo em curtas mensagens, podem contagiar as pessoas e isso aumentaria ou diminuiria o nível de felicidade dos usuários.  Dessa forma, os internautas mais felizes tendem a receber e enviar mensagens mais alegres.