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Taxa de suicídio entre jovens cresce 30% em 25 anos no Brasil

suicidios no brasil

É uma das primeiras causas de morte em homens jovens nos países desenvolvidos e emergentes. Mata 26 brasileiros por dia. E ninguém quer falar no assunto.

[Iara Biderman, Folha SP, 11 jun 13] No Brasil, a taxa de suicídio entre adolescentes e jovens aumentou pelo menos 30% nos últimos 25 anos. O crescimento é maior do que o da média da população, segundo o psiquiatra José Manoel Bertolote, autor de “O Suicídio e sua Prevenção” (ed. Unesp, 142 págs., R$ 18). Continue lendo

A face oculta do novo ~ Lee Siegel

© Martin Waldbauer

A notícia causou frisson na minha cidade suburbana ao lado de Nova York. Um rapaz de 17 anos, a poucas semanas de concluir o ensino secundário, parou diante de um trem de subúrbio em movimento, Teve morte instantânea.

[O Estado de S.Paulo, 9 jun 13] Como sempre ocorre quando se noticia um suicídio, a questão de por que ele o fez torturou familiares e amigos do jovem. Atormentou estranhos, também, porque o suicídio é o mais íntimo dos tipos de violência. Ele nos faz perguntar não somente por que determinada pessoa o cometeu, mas por que alguém o faria, confrontando-nos assim com o aspecto mais despojado da existência. Mas desta vez a tentativa de entender o mistério por trás de um suicídio cobriu-se de especial urgência. É que, segundo estudo divulgado algumas semanas atrás, o número de americanos que estão se matando atingiu um nível sem precedentes.

No período de 1999 a 2010, o suicídio de americanos entre 35 e 64 anos de idade cresceu quase 30%. Mais pessoas nos Estados Unidos morrem hoje pelas próprias mãos do que em acidentes de carro. Entre homens na faixa dos 50 anos, a taxa de suicídio cresceu 50%. Continue lendo

Metade dos dependentes químicos têm doenças psíquicas associadas

Pacientes apresentam doenças como depressão, bipolaridade e transtorno obsessivo-compulsivo.

[Agência Brasil, 22 ago 12] Metade dos pacientes com dependência química tem doenças psíquicas associadas, aponta estudo da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Foram analisados os perfis de 1,3 mil pacientes tratados nos últimos três anos na Unidade Estadual de Álcool e Drogas do Hospital Lacan, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Entre as mulheres, o percentual é ainda maior, 56% apresentaram doenças como depressão, bipolaridade e transtorno obsessivo-compulsivo. Entre os homens o índice foi 50,1%. Continue lendo

Estudo vincula recessão britânica a mil suicídios

A recessão, o desemprego e as medidas governamentais de austeridade já levaram mais de mil pessoas a cometerem suicídio na Inglaterra, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.

[Kate Kelland, Reuters, 15 ago 12] Essa análise comparou o número real de suicídios com a cifra que era esperada caso as tendências pré-recessão se mantivessem. O resultado reflete conclusões de outros lugares da Europa onde os suicídios também estão crescendo. Continue lendo

Depressão, alcoolismo e problemas sexuais aumentam na Espanha com a crise econômica

A atual conjuntura econômica da Espanha – que amarga uma taxa de desemprego de 24,6% – está afetando a saúde mental dos espanhóis, segundo pesquisas no campo da depressão, do alcoolismo e de problemas sexuais.

[Liana Aguiar, BBC Brasil, 14 ago 2012] Após mais de quatro anos de crise, os problemas se acumulam e vêm sendo detectados por diferentes estudos. Uma pesquisa da Fundação Pfizer, por exemplo, revelou que, em 2010, 44% da população espanhola sofria mais com estresse e tensão do que nos dois anos anteriores. As incertezas em relação ao trabalho e aos rumos da economia representavam a principal fonte de problemas. Continue lendo

Smartphone acentua males psiquiátricos, diz pesquisador

“Narcisismo, depressão e obsessão são aqueles que parecem ser os mais frequentes”, afirmou Rosen em entrevista.

[Rafael Garcia, Folha SP, 26 jun 12] Quando o psicólogo Larry Rosen publicou seu primeiro estudo sobre problemas mentais ligados à tecnologia, em 1984, o vício em videogames Atari era praticamente o único assunto na área.

Hoje, com smartphones e redes sociais pedindo atenção permanente das pessoas, a lista de problemas cresceu para uma dezena de sintomas de males psiquiátricos. Continue lendo

Suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens no mundo

Uma série de estudos publicada no periódico “Lancet” chama a atenção para um assunto tabu: o suicídio.

[Mariana Versolato, Folha SP, 22 jun 12] Segundo um dos artigos, essa é a primeira causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos. Entre os homens, o suicídio ocupa o terceiro lugar, depois de acidentes de trânsito e da violência.

No Brasil, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens, ficando atrás de acidentes e homicídios. Continue lendo

Jovens refugiados na Alemanha sofrem com deportação para o Kosovo

A cada ano, centenas menores de idade precisam deixar a Alemanha em direção ao Kosovo. Estudo do Unicef revela sofrimentos com a deportação. Os menores entrevistados apresentam muitas vezes distúrbios pós-traumáticos.

[Ajete Beqiraj e C. Albuquerque, DW, 16 abr 12] Desde 2009, a Alemanha está autorizada a deportar kosovares. Em 2010, o então ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, assinou um acordo de repatriação com a República do Kosovo, que previa o retorno de até 12 mil membros de minorias dos Bálcãs, já que o Kosovo é considerado, atualmente, um país seguro. Continue lendo

Más condições de vida favorecem o surgimento de transtornos mentais na população, aponta pesquisadora

[Daniel Mello, Agência Brasil, 18 mar 12] A violência urbana e a falta de qualidade de vida favorecem o desenvolvimento de transtornos mentais na população, segundo a coordenadora do Núcleo Epidemiológico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Laura Helena Andrade. Para a pesquisadora, esses fatores são responsáveis pela prevalência de problemas como a ansiedade, depressão e uso de drogas em cerca de 30% dos paulistanos. O dado faz parte de uma pesquisa feita em consórcio com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Universidade de Harvard, publicada no mês passado.

O estudo conseguiu identificar grupos mais vulneráveis a esses transtornos, como os migrantes que moram nas regiões pobres da cidade. Continue lendo

Solidão afeta equipes de trabalho

[FolhaSP/NYT, 9 fev 12] É solitário estar no topo, pelo menos é o que dizem. Na verdade, não importa onde uma pessoa está na hierarquia: funcionários de todos os níveis se sentem solitários, mesmo quando há muitos trabalhadores ao redor.

Pesquisas sobre solidão geralmente concentram-se na vida privada e em grupos que podem ter alguma tendência, como os idosos.
Alguns pesquisadores, no entanto, fizeram estudos sobre esse sentimento no local de trabalho e descobriram que ele afeta não somente os indivíduos mas também as organizações como um todo.

A solidão é uma percepção de isolamento ou estranhamento em relação aos outros, diz Sigal G. Barsade, professora de administração na Escola Wharton da Universidade da Pensilvânia. Ela surge da “necessidade humana de fazer parte de algo”.

Solidão não é a mesma coisa que estar só -condição que pode ser positiva e bem-vinda. Também não é sinônimo de depressão, embora as duas possam estar correlacionadas, diz Sarah Wright, palestrante sobre liderança organizacional na Universidade de Canterbury em Christchurch, na Nova Zelândia.

Com a solidão, há uma necessidade de livrar-se da tristeza, “integrando-se em novos relacionamentos”, explica. “Com a depressão, há um impulso de entregar-se a ela.” Continue lendo

Automutilação é praticada por um em 12 adolescentes

[Mariana Versolato, Folha SP, 24 nov 11] Um em cada 12 jovens se mutila, com agressões como cortes, queimaduras e batidas do corpo contra a parede.

Para os que se autoflagelam, a prática é uma tentativa de aliviar sensações como angústia, raiva ou frustração, segundo especialistas. O problema é mais comum entre mulheres de 15 a 24 anos.

Esse é o primeiro trabalho a acompanhar a evolução da automutilação da adolescência à vida adulta. As conclusões são de um estudo publicado na revista médica “Lancet”, feito no King’s College, em Londres, e na Universidade de Melbourne, na Austrália.

Entre 1992 e 2008, foram avaliados 1.802 adolescentes, entre os quais 8% afirmaram ter se mutilado de alguma forma. Ao completarem 29 anos, menos de 1% dos jovens mantinham esse comportamento.

A conclusão dos autores é a de que, na maioria dos casos, o problema se resolve espontaneamente. Continue lendo

Voluntários se mobilizam para combater onda de suicídios na Grécia

Dias atrás, cedo pela manhã, George Barcouris sentou-se em frente ao computador em seu apartamento em Atenas, na Grécia, e digitou a palavra “suicídio” no site de buscas Google.

[Chloe Hadjimatheou, BBC Brasil, 18 out 11] Aos 60 anos de idade, sem trabalho, ele estava certo de que jamais conseguiria um novo emprego em um país onde o índice de desemprego chegou a 17% e continua crescendo.

Sem a ajuda de parentes ou amigos, seria apenas uma questão de tempo até que o proprietário do apartamento o despejasse por causa do atraso no aluguel – imaginava Barcouris.

“Era pior durante a noite”, disse.

“Comecei a pensar, que futuro eu tenho? Seria melhor morrer durante o sono. Mas nunca aconteceu, então comecei a pensar em me matar”.

Foi depois de uma noite como essa que ele decidiu procurar na internet por uma maneira fácil de dar fim à sua vida. Continue lendo