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País tem 9,6 mi de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham

geração nem-nem BrasilA chamada ‘geração nem-nem’ é formada principalmente por mulheres, muitas com filhos, segundo estudo do IBGE

Uma população de 9,6 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estuda nem trabalha, formada principalmente por mulheres, muitas delas com filhos, é motivo de preocupação quando se estudam as condições de vida dos brasileiros, mostra estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta sexta-feira, 29. A Síntese de Indicadores Sociais 2013, com dados de 2012, mostra que um em cada cinco brasileiros (19,6%) nesta faixa etária não trabalhava nem frequentava escola. Na faixa de 18 a 24 anos, o índice é ainda mais preocupante, de quase um quarto (23,4%). “Não significa que são encostados ou que são um bando, mas é um fator preocupante, porque não é possível que pessoas desta idade não estudem nem trabalhem”, diz a técnica do IBGE Ana Saboia.

[Luciana Nunes Leal, Estadão, 29 nov 2013] Segundo Ana, os dados não permitem apontar as razões para número tão significativo da chamada “geração nem-nem” (nem estuda nem trabalha), mas, com relação às mulheres, a necessidade de cuidar dos filhos é um fator que contribui para não terem atividades produtivas. A proporção de jovens que não vão à escola e não têm emprego se mantém estável, com pequena redução: nos últimos dez anos: em 2002, eram 20,2% da população nesta faixa etária.

Os indicadores mostram que 70,3% dos jovens que não trabalham e não estudam são mulheres. Dessas jovens que não têm atividade produtiva, 58,4% tinham pelo menos um filho. A maior parte dos jovens “nem-nem” (38,6%) tem ensino médio completo, ou seja, deveria ter seguido para um curso superior ou ingressado no mercado de trabalho.

No outro extremo, um porcentual também alto, de 32,4%, sequer completou o ensino fundamental. O Nordeste é a região com maior proporção de jovens que não estudam nem trabalham, em todas as faixas etárias estudadas. Na faixa de 18 a 24 anos, Alagoas tem nada menos que 35,2% da população que não estuda nem trabalha. Na região metropolitana do Recife, o índice também é preocupante: 31,8% dos jovens de 18 a 24 anos não têm atividade produtiva.

Aumenta o número de abortos de risco no mundo, diz OMS

Enquanto o número total de abortos está estagnado no mundo, a proporção dos abortos que colocam a saúde da mulher em risco está crescendo.

Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Guttmacher, nos Estados Unidos, revela que o declínio do aborto em todo o mundo está estagnado. De acordo com o estudo, chamado Aborto Induzido: Incidências e Tendências pelo Mundo de 1995 a 2008, o número total de aborto entre mulheres de 15 a 44 anos, caiu de 35 para 1.000 mulheres para 29 / 1.000 entre 1995 e 2003, e para 28/1.000 em 2008. Já a proporção de abortos considerados de risco tem aumentado. O estudo foi publicado no periódico The Lancet.

[Veja, 20 jan 12] Segundo os dados da OMS, estima-se que 43,8 milhões de abortos foram feitos em 2008, comparados a 41,6 milhões em 2003 e a 45,6 milhões em 1995. Cerca de 80% de todos os abortos foram realizados em países em desenvolvimento em 1995, com um aumento para 86% em 2008. Nesse mesmo período, a proporção de mulheres em idade reprodutiva aumentou de 80% para 84% nessas regiões. Continue lendo

Britânica é condenada a 8 anos por aborto com 9 meses de gestação

Uma mulher britânica foi condenada a oito anos de prisão por abortar um bebê na fase final de gestação.

[BBC Brasil, 18 set 12] Sarah Louise Catt, de 35 anos, tomou uma droga abortiva quando estava com 39 semanas de gestação, em 2010, provocando um parto antecipado.

Ela alegou que o menino nasceu morto e que ela enterrou o corpo, mas nenhuma evidência da criança jamais foi encontrada.

Catt, que é casada e já tinha dois filhos com o marido, vinha mantendo um relacionamento com um colega de trabalho havia sete anos na época da gravidez. Continue lendo

Rio teve média de 335 mulheres vítimas de estupro por mês em 2011

Entre as 4.871 queixas de estupro registradas no estado do Rio de Janeiro no ano passado, 82,6% das vítimas eram do sexo feminino. Desse total, 53,6% eram meninas de até 14 anos e 24,1% tinham até 9 anos.

[Flávia Villela, Agência Brasil, 14 ago 12] Os dados fazem parte do Dossiê Mulher, divulgado (14 ago 12) pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), a partir das notificações da Polícia Civil de 2011.

O estudo apontou também um aumento de 7,2% no total de vítimas mulheres em relação ao ano anterior, mais 271 vítimas. Os registros de estupro ocorridos no estado no ano passado tiveram uma média de 335 mulheres vítimas desse tipo de crime, por mês. Continue lendo

Suicídio de jovem forçada a casar com seu estuprador causa protestos

Foto © fotolia.de / Claus Mikosch

Ativistas marroquinos intensificaram a pressão para derrubar a lei que permite que estupradores casem com suas vitimas depois que uma menina de 16 anos de idade cometeu suicídio.

[BBC Brasil, 15 mar 12] Amina Al Filali usou veneno de rato para tirar a própria vida após ficar casada por cinco meses com o homem que a violentou e que, desde a união permanente, a agredia fisicamente.

Uma petição online e uma manifestação prevista para este sábado tratam da lei como “constrangedora” para o país.

Os ativistas querem a suspensão do Artigo 475 da lei local que permite que estupradores escapem da prisão se eles aceitarem “restaurar as virtudes” da vítima – ou seja, se se casarem com ela. Continue lendo

Justiça no Egito inocenta médico acusado de forçar ‘testes de virgindade’ em mulheres

Um tribunal militar no Egito inocentou neste domingo um médico acusado de obrigar mulheres que protestavam na praça Tahrir a se submeterem a testes para determinar se elas eram virgens.

[BBC Brasil, 11 mar 12} A agência de notícias Mena disse que o médico Ahmed Adel foi inocentado porque o juiz do caso determinou que havia contradições nos depoimentos das testemunhas.

O caso foi levado à Justiça por Samira Ibrahim, uma das mulheres que teria sido submetida a um dos exames. Continue lendo

Pobreza leva mulheres a casamentos precoces, no Tajiquistão

A pobreza no Tajiquistão é uma das principais causas dos casamentos precoces. Nas famílias rurais, os filhos homens se convertem no sustento da família, e as meninas são, em geral, consideradas uma carga financeira.

[Envolverde/IPS, 7 mar 12] Dusambé, Tajiquistão  – Quando Kibriyo Khaitova tinha 16 anos seus pais lhe disseram que se não casasse se converteria em uma solteirona. Assim, como muitas jovens do Tajiquistão, casou-se com o homem sugerido pela sua família. Agora tem 20 anos, dois filhos e foi abandonada pelo marido. “Meus pais me disseram que já tinha idade e que precisava casar”, contou a jovem, que vive no Vale de Ferghana, zona da Ásia central onde seguem fortemente arraigados costumes sociais conservadores.

“Eu disse a eles que queria continuar estudando, mas responderam que os homens não gostam de jovens educadas e que não é preciso estudar para ser uma boa esposa. A primeira vez que vi meu marido foi no casamento. Tinha muito medo, mas minha avó me falou que tudo sairia bem”, recordou. A propagada pobreza no Tajiquistão é uma das principais causas dos casamentos precoces, segundo um informe da Fundação Eurásia. Nas famílias rurais, os filhos homens se convertem no sustento da família, e as meninas são, em geral, consideradas uma carga financeira. Continue lendo

2 de março: Dia Mundial de Oração das/pelas Mulheres

Nesta sexta-feira, 2 de março, celebra-se em todo o mundo a jornada de meditação que une cristãos de diversas tradições.

[Maria TP Pederiva, Vatican Insider/IHU, 1 mar 2012] Em antecipação ao tradicional Dia da Mulher, celebra-se neste ano, no dia 2 de março, o “Dia Mundial de Oração das Mulheres”, uma iniciativa que tem suas origens no século XIX, quando grupos de mulheres de fé protestante dos Estados Unidos e do Canadá haviam iniciado atividades comuns em prol de muitas mulheres em dificuldade, tanto em sua pátria quanto no exterior. Logo, seguiu-se a ideia de um dia unitário dedicado à oração “das” e “pelas” mulheres, depois fixado para a primeira sexta-feira do mês de março.

Embora em diferentes partes do mundo a ideia já havia sido acolhida até por grupos no âmbito católico, foi apenas em 1969, depois da abertura ecumênica doConcílio, que a União Mundial das Organizações Femininas Católicas encorajou abertamente as mulheres católicas de todo o mundo a participar. Continue lendo

“Martelo das Bruxas” orientou séculos de perseguição às mulheres

Monge alemão Heinrich Kramer possuía o que se define hoje como uma estrutura psicológica neurótica. Ele concentrou a misoginia de sua época num tratado para caça às bruxas. DW conversa com a historiadora Irene Franken.

[Laura Döing, DW, 28 fev 12] Katharina Henot foi a primeira. Depois que, em 1627, a influente comerciante foi condenada e executada por “magia maléfica”, iniciou-se uma avalancha de processos por bruxaria na cidade alemã de Colônia: nos três anos seguintes, pelos menos 24 mulheres foram acusadas e mortas.

Cento e quarenta anos antes, um monge dominicano estabelecera os fundamentos para identificação e perseguição às feiticeiras, naquilo que hoje se chamaria um best-seller: o Martelo das Bruxas –Malleus maleficarum ou Der Hexenhammer. O tratado compilava o saber e os medos da época, fornecendo os argumentos necessários àqueles que acreditavam na caça às bruxas.

Hoje, o Conselho Municipal de Colônia se ocupa da reabilitação oficial de Katharina Henot. A Deutsche Welle conversou com a historiadora Irene Franken, natural da cidade renana, sobre um dos livros mais infames jamais publicados. Continue lendo

Preconceito social faz famílias afegãs criarem meninas como meninos

Garota Mehrnoush (dir.) vive uma vida diferente de suas irmãs

“Mesmo que você tenha uma boa posição no Afeganistão e está bem de vida, as pessoas veem você de forma diferente (se não tiver um filho homem). Elas dizem que a sua vida só é completa se você tem um filho”, diz Azita.

[Tahir Qadiry, BBC Brasil, 19 jan 2012] Quando Azita Rafhat, uma ex-parlamentar afegã, prepara as suas filhas para a escola de manhã, ela veste uma delas de forma diferente. Três meninas usam roupas brancas e cobrem seus rostos com véus. Mas Mehrnoush, a quarta menina, veste terno e gravata. Na rua, Mehrnoush não é mais uma menina, e sim um rapaz chamado Mehran.

Azita Rafhat não teve filhos homens, e para evitar as provocações que famílias assim sofrem no Afeganistão, ela tomou a decisão radical de mudar a criação de Mehrnoush. Continue lendo

Venezuela é o país com mais adolescentes grávidas na América do Sul

[EFE/FolhaSP, 28 dez 11] A Venezuela é o país com mais adolescentes grávidas da América do Sul. Quase um de cada quatro partos é de uma menor de 19 anos, uma problemática que o governo de Hugo Chávez espera atacar com um plano assistencial sob críticas opositoras e de organismos especializados de falta de prevenção.

Dos 591.303 partos que houve em 2010, 130.888 foram de menores de 19 anos e 7.778 de mães menores de 15 anos, revelou o próprio Chávez, que qualificou de “alarmantes” os números.

Segundo o relatório Estado de População Mundial 2011 do Fundo de População das Nações Unidas, a Venezuela lidera a taxa de gravidezes precoces da América do Sul com uma taxa de 101 nascimentos por cada mil mulheres de 15 a 19 anos, à frente de Equador (100) e Colômbia (96), e só superada na América Central por Honduras (108) e Nicarágua (109). Continue lendo