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Gravidez na adolescência cai em SP e atinge o nível mais baixo dos últimos 13 anos

O índice de adolescentes grávidas, em 2011, caiu 26,5% em comparação ao ano anterior e atingiu o menor nível dos últimos 13 anos. Em 1998, 20% das crianças nascidas vivas foram geradas por mães na faixa dos 10 aos 19 anos, que somaram 148.018 adolescentes. Este percentual foi reduzido para 14,7%, em 2011, ano que o número de jovens gestantes alcançou 89.815.

[Marli Moreira, Agência Brasil, 4 jan 13] O balanço foi apresentado hoje (4) pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em visita a uma das 27 Casas do Adolescente, em Heliópolis. Para ele, a queda está associada ao “maior acesso a informação, conscientização e métodos contraceptivos”.

O governador assinou autorização de parceria entre a Secretaria Estadual da Saúde e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O acordo prevê aumento na capacidade de atendimento na Casa do Adolescente de Pinheiros. Atualmente, são atendidos 4,4 mil adolescentes por mês e a previsão é que cresça para 11 mil. Continue lendo

Taxa de homicídios de jovens cresce 14% de 2009 para 2010

Três adolescentes a cada grupo de mil morrem no país antes de completar 19 anos, revela o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). A taxa cresceu 14% de 2009 para 2010.

A estimativa, se não houver queda no índice nos próximos anos, é que 36.735 jovens de 12 a 18 anos sejam mortos, possivelmente por arma de fogo, até 2016. A maioria das vítimas é homem e negro*.

[Isabela Vieira, Agência Brasil, 13 dez 12] Calculado pelo Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o IHA passou de 2,61 mortes por grupo de mil jovens para 2,98. Os dados, referentes a municípios com mais de 100 mil habitantes, foram divulgados hoje (13) pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e pela organização não governamental Observatório de Favelas, no Rio. Continue lendo

Uso de maconha por adolescentes leva a declínio cognitivo

Jovens que começam a fumar antes dos 18 anos podem ter QI reduzido na vida adulta.

[O Globo, 27 ago 12] Um estudo sobre o efeito do uso de drogas por longo prazo mostra que aqueles que começaram a utilizar maconha quando adolescentes podem chegar à meia-idade com uma deficiência de oito pontos no QI (quociente de inteligência) se comparado aos não usuários.

A pesquisadora Madeline Meier, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, utilizou como base um estudo que acompanhou mil pessoas em Dunedin, Nova Zelândia, desde o nascimento até os 38 anos de idade. Os dados permitiram comparar os teste de QI feitos com os participantes na idade dos 13 — antes do uso de maconha — com os testes de QI quando adultos; em alguns casos, depois de anos de uso da droga. Continue lendo

Relatório aponta que 5% da população mundial consumiram droga ilícita ao menos uma vez em 2010

Em todo o mundo, estima-se que cerca de 230 milhões de pessoas (5% da população adulta, com idade entre 15 e 64 anos) tenham usado alguma droga ilícita pelo menos uma vez em 2010.

[Daniella Jinkings, Agência Brasil, 26 jun 12] O problema da droga atinge cerca de 27 milhões de pessoas, o que representa 0,6% da população mundial. Praticamente uma em cada 100 mortes entre adultos é atribuída ao uso de drogas ilícitas.

Os dados fazem parte do Relatório Mundial sobre Drogas 2012 (PDF), divulgado hoje (26) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). Segundo a publicação, o consumo e a produção de drogas ilícitas, como a cocaína, a heroína e a maconha, têm ficado estável, apesar de mudanças nos fluxos e mercados de consumo dessas substâncias. Continue lendo

Suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens no mundo

Uma série de estudos publicada no periódico “Lancet” chama a atenção para um assunto tabu: o suicídio.

[Mariana Versolato, Folha SP, 22 jun 12] Segundo um dos artigos, essa é a primeira causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos. Entre os homens, o suicídio ocupa o terceiro lugar, depois de acidentes de trânsito e da violência.

No Brasil, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens, ficando atrás de acidentes e homicídios. Continue lendo

Tecnoestresse causa ansiedade e depressão em jovens

O tecnoestresse é causado pelo uso excessivo da tecnologia e provoca dificuldade de concentração e ansiedade. O jovem tecnoestressado também pode tornar-se agressivo ao ficar longe do computador.

[Annette Schwartsman, Folha SP, 15 mai 12] Pesquisar no Google, mandar um torpedo pelo celular, atualizar o Twitter e postar fotos no Facebook são algumas atividades que crianças e adolescentes são capazes de executar –todas praticamente ao mesmo tempo. Até aí, nada de surpreendente, afinal estamos falando dos nativos da “geração digital” para quem o e-mail já é uma antiguidade. Mas nem mesmo esses seres multitarefa passam incólumes por tanta conectividade e tanta informação.

O impacto dessa avalanche se reflete não apenas em aumento de riscos para a segurança dos jovens, temidos pelos pais, como também pode afetar seu desenvolvimento social e psicológico. Continue lendo

Adolescentes mulheres bebem mais que os homens, diz estudo

Unesp traz pesquisa sobre o uso de álcool por estudantes do ensino fundamental e médio. Amigos e classe social influenciam na bebida.

[Cibelle Brito, O Globo, 20 abr 12] As meninas exageram mais na hora de beber que os meninos. A afirmação é de uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), que observou o uso de álcool pelos estudantes do ensino médio e fundamental das escolas públicas e privadas de Botucatu, no interior de São Paulo. Os 1507 estudantes entrevistados eram menores de 18 anos, e foram questionados sobre o consumo de álcool, drogas, comportamento violento e hábito de beber entre familiares e amigos. Continue lendo

Tráfico de jovens teria comando no Nordeste

Investigações sobre rede de exploração sexual depende de trabalho conjunto entre polícias.

[Cleide Carvalho, OGlobo, 12 fev 12] O promotor da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo, Thales de Oliveira, afirmou que investigações feitas pela polícia paulista sobre a rede de tráfico de adolescentes indicam que o comando da quadrilha estaria no Nordeste do país. Segundo ele, o avanço das investigações depende de um trabalho conjunto.

— Já há investigações em andamento também no Pará e no Ceará — afirmou.

Oliveira diz que adolescentes trazidos de outros estados, que receberam próteses de silicone e hormônios para se tornarem transexuais, se arrependeram do que fizeram como próprio corpo e falaram sobre o esquema. Continue lendo

Pais entram no Facebook, e adolescentes migram para o Twitter

Taylor Smith, 14, acessa o Twitter no celular em sua casa, em Kirkwood, no Missouri (EUA) Jeff Roberson/Associated Press

[Martha Irvine, AP/Folha SP, 31 jan 12] Adolescentes não tuítam, nunca tuítam –é público demais, há muitos usuários mais velhos. Não é bacana.

Essa há tempos tem sido a previsão, surgida de números mostrando que menos de um em cada dez adolescentes usava o Twitter no início do serviço.

De repente, o espaço dos adolescentes não era mais só deles. Assim, mais jovens começaram a migrar para o Twitter, escondendo-se da vista dos outros.Mas, então, seus pais, avós, vizinhos, amigos dos pais e todos os intermediários começaram a adicioná-los no Facebook –e uma coisa curiosa começou a acontecer.

“Eu amo o Twitter, é a única coisa que tenho para mim mesmo… Porque meus pais não têm [perfil no Twitter]”, tuitou alegremente Britteny Praznik, 17, que vive nos arredores de Milwaukee. Embora ainda tenha uma conta no Facebook, ela aderiu ao Twitter no verão passado, depois de mais pessoas em sua escola terem feito o mesmo. “[O Twitter] meio que pegou”, diz ela. Continue lendo

Mães antes dos 15

Aumenta o número de meninas que engravidam no País, segundo relatório do Unicef, contrariando a tendência de queda da taxa de natalidade entre as brasileiras

[Rachel Costa, Isto É, 6 dez 11] Era feriado da Proclamação da República, 15 de novembro. Em vez de sair com os amigos, Victoria Pereira Rocha, 14 anos, aproveitou o dia de folga para ir até a farmácia sem levantar suspeitas e esclarecer uma dúvida que a atormentava havia um mês, desde que sua menstruação atrasou. Com o teste de gravidez em mãos, fez o exame em casa, escondido da mãe. Quase caiu para trás quando viu surgir os dois tracinhos vermelhos no bastão branco: como temia, estava grávida. “Eu sempre falava que não queria ter filhos”, diz Victoria. Nove meses depois, nascia Pedro Henrique. Victoria e seu filho fazem parte de uma triste estatística revelada pelo relatório Situação da Infância Brasileira 2011, divulgado na semana passada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em cinco anos, contrariando a queda da taxa de natalidade (21,9% em dez anos no País), subiu em 6% o número de filhos de meninas com menos de 15 anos. A cada hora, são mais de três partos de grávidas nessa faixa etária no Brasil. “Isso nos preocupa”, disse à ISTOÉ a representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier. “Temos uma lei no País que fala que toda relação sexual até os 14 anos tem presunção de estupro. Nem era para essa relação sexual ter acontecido.” Continue lendo

Situação da Adolescência Brasileira 2011 (Unicef)

O Direito de ser adolescente – Oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades

“O Brasil vive hoje o que vem sendo chamado de bônus demográfico. Com 11% de sua população vivendo a adolescência, o País tem uma oportunidade única: nunca houve e não haverá no futuro tamanho contingente de adolescentes. Um universo de 21.083.635 de meninos e meninas, um momento inédito de possibilidades reais para se fortalecer os importantes avanços das últimas duas décadas nas áreas da saúde, da educação, da inclusão, já realizadas para as crianças. Sem deixar de investir na garantia dos direitos da primeira e segunda infância, é chegada a hora de se avançar em conquistas para os adolescentes brasileiros. Não há tempo como este. O presente do Brasil é um presente.”

Com este relatório sobre a Situação da Adolescência Brasileira 2011, o UNICEF convida para uma reflexão sobre um novo olhar para a adolescência, que desloca o discurso que só vê a adolescência como um “problema” para vê-la com uma oportunidade de desenvolvimento. Propomos aqui resgatar um direito, o direito de ser adolescente. Os estudos mais recentes sobre desenvolvimento cognitivo destacam a adolescência como uma das mais ricas fases da vida humana, repleta de possibilidades de aprendizagem, de experimentação, de inovação. Uma etapa da vida que precisa ser vivida de forma plena, saudável, estimulante, protegida pelos direitos assegurados na Convenção sobre os Direitos da Criança e, no Brasil, no Estatuto da Criança e do Adolescente. Continue lendo

Cresce o índice de adolescentes que vivem em extrema pobreza, segundo o Unicef

[Gilberto Costa, Agência Brasil, 30 nov 11] O percentual de adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos que vivem em famílias de extrema pobreza (até um quarto de salário mínimo per capita) cresceu entre 2004 e 2009. Segundo relatório Situação da Adolescência Brasileira 2011, do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), o percentual passou de 16,3% para 17,6%. No mesmo período, a situação de extrema pobreza da população em geral caiu de 12,4% para 11,9%.

Segundo o documento do Unicef, os adolescentes são mais vulneráveis que outros segmentos da população e, entre eles, a desigualdade aumenta problemas de trabalho precário, dependência química, abuso sexual e homicídios.

Enquanto a taxa de homicídios da população em geral era 20 a cada 100 mil, na população de 15 a 19 anos é  43,2 a cada 100 mil.

Os adolescentes negros entre 12 e 18 anos, segundo o Unicef, têm o risco 3,7 vezes maior de ser assassinado. Já um adolescente indígena tem 3 vezes mais chance de ser analfabeto. Do total de 500 mil adolescentes analfabetos, 68,4% são meninos. Para cada oito meninos de 13 a 19 anos infectados com HIV/aids há dez meninas com o mesmo vírus.

O relatório indica situação de maior pobreza entre os adolescentes em comunidades, assentamentos e favelas e também entre aqueles que vivem na Amazônia e no Semiárido.