Arquivo da tag: pesquisa

Internet pode diminuir a inteligência e a empatia, diz pesquisadora

Velocidade mental, capacidade de processar informações com rapidez, não é a mesma coisa que entendimento ou sabedoria.

[Reinaldo J Lopes, Folha SP, 18 set 12] A neurocientista e baronesa britânica Susan Greenfield, 61, faz questão de ser uma voz dissonante em meio à empolgação de muita gente com o potencial das redes sociais e da internet.

Para ela, há razões para acreditar que a vida virtual está criando uma geração de pessoas menos inteligentes e menos capazes de empatia -um ponto de vista que já lhe rendeu desafetos dentro e fora da comunidade científica. Continue lendo

Smartphone acentua males psiquiátricos, diz pesquisador

“Narcisismo, depressão e obsessão são aqueles que parecem ser os mais frequentes”, afirmou Rosen em entrevista.

[Rafael Garcia, Folha SP, 26 jun 12] Quando o psicólogo Larry Rosen publicou seu primeiro estudo sobre problemas mentais ligados à tecnologia, em 1984, o vício em videogames Atari era praticamente o único assunto na área.

Hoje, com smartphones e redes sociais pedindo atenção permanente das pessoas, a lista de problemas cresceu para uma dezena de sintomas de males psiquiátricos. Continue lendo

Divulgado o ‘Atlas do Trabalho Escravo no Brasil’

A organização Amigos da Terra – Amazônia Brasileira apresentou nesta segunda-feira, 16 abr 12, o Atlas do Trabalho Escravo no Brasil, um documento repleto de mapas, análises e tabelas que podem ajudar na compreensão da dimensão do problema no Brasil. As informações foram reunidas e organizadas pelos geógrafos da Universidade de São Paulo Hervé Théry, Neli Aparecida de Mello, Julio Hato e Eduardo Paulon Girardi, com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Entre os destaques do Atlas, está a apresentação de dois índices para análise, um relativo à probabilidade de ocorrência de trabalho escravo e um a de vulnerabilidade ao aliciamento. Os autores se basearam em diferentes bancos de dados para a produção dos mapas,  incluindo informações sobre libertações de trabalhadores em condições análogas às de escravos, levantamentos da Comissão Pastoral da Terra, e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre outros.

Clique aqui para baixar o estudo (arquivo em PDF com 33 MB).

Homens usam prostitutas porque ‘sabem distinguir entre sexo e amor’, diz estudo

Um estudo realizado na Espanha sugere que homens usam mais prostituição porque, ao contrário das mulheres, ‘sabem distinguir entre sexo e amor’.

[Anelise Infante, BBC Brasil, 7 nov 11] Segundo a pesquisa de dois anos da Universidade de Vigo sobre o perfil dos homens que usam prostitutas, o que eles valorizam no serviço é não ter que conquistar a mulher, nem ter que conversar com ela depois.

Para a maioria dos entrevistados, seria uma sorte poder receber dinheiro por praticar sexo. Mais de 90% dos entrevistados consideram as relações sexuais pagas uma necessidade.

“Analisamos as mudanças sociais dos últimos 30 anos e vemos a substituição do modelo patriarcal, do pai protetor-provedor pela volta do modelo ‘falocêntrico’, o colecionador de mulheres”, disse à BBC Brasil a socióloga Silvia Pérez Freire, uma das autoras do estudo. Continue lendo

Projeto de pesquisa resgata herança cultural judaico-alemã em todo o mundo

Sobreviventes do Holocausto: imigrantes em Israel

Há centenas de anos os judeus migram da velha Europa para as mais diversas regiões do planeta. Projeto de pesquisa reúne historiadores em torno do tema, levantando questões sobre origem, destino e rastro dos migrantes.

[DW, 26 out 11] Eles vinham do leste da Europa Central, da região da Polônia denominada Galícia, de Bucovina (entre a Ucrânia e a Romênia), da Áustria-Hungria, bem como da Península Ibérica e do então “Reich alemão”: esses judeus de idioma alemão ou ídiche, de países que hoje se chamam Ucrânia, Romênia, Rússia, Polônia e Alemanha, emigraram para todas as partes do mundo. Entre eles, encontravam-se médicos, artesãos, livreiros, advogados ou pequenos comerciantes. E nem todos partiam por livre e espontânea vontade.

Os judeus fugiam de discriminações e pogroms motivados pelo antissemitismo, mas também em consequência da situação econômica difícil e da falta de perspectivas naquele momento, em busca de uma vida mais segura e na esperança de um futuro melhor. Entre os destinos mais frequentes da emigração judaica estavam as Américas do Norte e do Sul, China, Palestina e República Dominicana, para mencionar apenas alguns. Continue lendo

As revelações sobre o cérebro adolescente

Novas pesquisas decifram as transformações cerebrais que acontecem na adolescência, explicam comportamentos típicos e sugerem como lidar com eles.

[Mônica Tarantino, Monique Oliveira e Luciani Gomes; Isto É; 21 out 11] O que faz uma garota de 14 anos passar o dia inteiro emudecida, trancada no quarto? Ou ir do riso à fúria em menos de um segundo? Pode ser realmente difícil entender a cabeça de um adolescente. Para ajudar nesta tarefa, a ciência está empreendendo um esforço fantástico. Nos Estados Unidos, ele está sendo capitaneado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMH). O órgão – um dos mais respeitados do mundo – está patrocinando uma linha de estudos focada na busca de informações para compreender o que está por trás das oscilações de humor e comportamentos de risco que marcam a adolescência. E as informações trazidas pelos estudos realizados até agora estão construindo uma nova visão da metamorfose sofrida pelos jovens. “O cérebro do adolescente não é um rascunho de um cérebro adulto. Ele foi primorosamente forjado por nossa história evolutiva para ter características diferenciadas do cérebro de crianças e de adultos”, disse à ISTOÉ o neurocientista americano Jay Giedd, pesquisador do NIMH e um pioneiro na investigação do cérebro adolescente.

Giedd e seus colegas estão redefinindo os conceitos da medicina sobre essa fase da vida. Para eles, os tropeços da adolescência são sinais de que o cérebro jovem está procurando se adaptar ao ambiente. Nos primeiros 13 anos de pesquisa, os cientistas estudaram mudanças cerebrais ocorridas do nascimento até a velhice, na saúde e na doença. Descobriram que a adolescência é marcada por um aumento das conexões entre diferentes partes do cérebro. É um processo de integração que continuará por toda a vida, melhorando o trabalho conjunto entre as partes. Continue lendo

Estudo americano confirma aquecimento da superfície terrestre

Uma nova análise de um grupo de cientistas dos Estados Unidos concluiu que a superfície da Terra está ficando mais quente.

[Richard Black, BBC Brasil, 21 out 11] Desde 1950, a temperatura média em terra aumentou em um grau centígrado, segundo as descobertas do grupo Berkeley Earth Project.

O Berkeley Earth Project usou novos métodos e novos dados, mas as descobertas do grupo seguem a mesma tendência climática vista pela Nasa e pelo Escritório de Meteorologia da Grã-Bretanha, por exemplo.

“Nossa maior surpresa foi que os novos resultados concordam com os valores de aquecimento publicados anteriormente por outras equipes nos Estados Unidos e Grã-Bretanha”, afirmou o professor Richard Muller, que estabeleceu o Berkeley Earth Project na Universidade da Califórnia reunindo dez cientistas renomados.

“Isto confirma que estes estudos foram feitos cuidadosamente e que o potencial de (estudos) tendenciosos, identificados pelos céticos em relação ao aquecimento global, não afetam seriamente as conclusões”, acrescentou. Continue lendo

Paulistas vivem mais tempo na casa dos pais, diz Ipea

[Folha SP, 6 out 11] Para estudar as diferentes inserções de migrantes na sociedade paulistana, os pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que realizaram o estudo Perfil dos Migrantes em São Paulo dividiram os moradores da região metropolitana de São Paulo em grupos de nativos de diferentes Estados brasileiros e de estrangeiros. O estudo leva em conta os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2009, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Uma primeira diferença que chama a atenção é o apoio familiar entre os grupos analisados. Se for utilizado como indicador a proporção de pessoas de 30 a 60 anos que ainda estão na casa dos pais, verifica-se que os paulistas contam com o apoio familiar por mais tempo, o que pode proporcionar a essas pessoas possibilidades melhores de formação profissional e inserção no mercado de trabalho. Continue lendo

FGV: País tem queda de 7,26% no número de católicos em 6 anos

Queda também é expressiva entre jovens de 15 a 19 anos, público alvo da Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio em 2013

[Estadão, 23 ago 11] Pouco depois do anúncio oficial do papa da realização da Jornada Mundial da Juventude de 2013 no Rio de Janeiro, uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra uma expressiva queda no número de católicos no País.

O mapa das religiões no Brasil mostra uma queda de 7,26% no número de pessoas que se declararam católicas em 6 anos (passando de 73,79%, em 2003, para 68,43%, em 2009). A pesquisa também apresenta um significativo aumento no número de brasileiros que se declararam “sem religião”: 1,59 ponto percentual, chegando a 6,72% em 2009. Continue lendo

Nova classe média tem maioria feminina, branca e com mais de 25 anos

[Gilberto Costa, Agência Brasil, 8 ago 11] Perfil elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República revela que a nova classe média brasileira, formada por 95 milhões de pessoas, tem a maioria feminina (51%) e branca (52%) e é predominantemente adulta, com mais de 25 anos (63%).

Os dados são da Pesquisa de Amostra Domiciliar (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antes do Censo 2010, e agora recompilados pela SAE para estabelecer o perfil da classe C – que, na última década, teve o ingresso de 31 milhões de pessoas e tornou o estrato social mais volumoso. A renda familiar da classe média varia de R$ 1 mil a R$ 4 mil mensais.

O perfil da nova classe média é tema do seminário que o governo promove hoje (8), em Brasília, para estabelecer novas políticas sociais para o segmento. Continue lendo

Pesquisa revela aumento dos suicídios durante a recessão na Europa

O número de suicídios cresceu expressivamente na UE durante a recente crise econômica global, sobretudo nos países mais abalados. Pesquisadores britânicos investigam o que torna uma sociedade mais ou menos vulnerável.

[DW, 8 jul 11] Em artigo publicado na revista médica britânica The Lancet, pesquisadores destacam o custo humano da recente recessão econômica. Os índices de suicídio aumentaram consideravelmente nos países-membros da União Europeia (UE) entre 2007 e 2009 – revertendo a tendência de queda registrada desde o início do milênio.

No artigo publicado no site da revista nesta sexta-feira (08/07), os cientistas apresentam a análise realizada a partir de dados de dez países europeus, os quais disponibilizaram estatísticas completas referentes ao período de três anos. Continue lendo

Estudo questiona subestimação da pobreza como fator de risco à vida

[Nicholas Bakalar, Folha SP, 11 jul 11] A pobreza é frequentemente citada como fator contribuinte para as más condições de saúde. Agora, em uma abordagem nada comum, pesquisadores calcularam quantas pessoas a pobreza mata e apresentaram suas descobertas, juntamente com um argumento de que fatores sociais podem causar morte da mesma forma que comportamentos como o tabagismo.

Em um artigo publicado online para a edição de 16 de junho do “American Journal of Public Health”, cientistas calcularam o número de mortes atribuídas a cada um dos seis fatores sociais, incluindo baixa renda.

Para estimar o número de mortes causadas por cada fator, os cientistas analisaram 47 estudos anteriores sobre o assunto, combinando os dados em uma meta-análise. Os estudos eram geralmente baseados em pesquisas nacionais extensas, como o Estudo Nacional sobre Exame de Saúde e Nutrição, um estudo contínuo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Continue lendo