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Afeganistão inaugura primeiro cibercafé só para mulheres

Mulheres afegãs navegam na internet em Cabul; país inaugura 1º cibercafé feminino/Ahmad Jamshid/Associated Press

O Afeganistão inaugurou nesta quinta-feira o seu primeiro cibercafé só para mulheres, na expectativa de dar a elas a chance de se conectar ao mundo sem assédio verbal ou sexual, e livres dos olhares dos homens do país.

[Folha SP/Reuters, 8 mar 12] Cabul – Diversas jovens vestindo hijab [véu islâmico] lotaram o pequeno café em uma rua tranquila no centro de Cabul no Dia Internacional da Mulher. As mulheres ainda enfrentam dificuldades enormes no país, embora o Taleban tenha sido derrubado há mais de uma década. Continue lendo

Brasil é o 1o. país em adesão a redes sociais

Até o final deste ano, o número mundial de usuários de redes sociais – Facebook, Twitter, Orkut, Badoo e outras – chegará perto de 1,5 bilhão de pessoas, ou seja, cerca de 21% do globo está cadastrado em alguma rede, conforme a empresa eMarketer. Nesta quarta-feira, 29, a população mundial estava em 6,997 bilhões de pessoas.

[Sergio Damasceno, Meio&Mensagem, 29 fev 12] Em dezembro do ano passado, a consultoria estimava que pelo menos 1,2 bilhão de pessoas usava algum site de rede social pelo menos uma vez por mês, o que representou uma expansão de 23,1% sobre o volume de 2010. E esse crescimento deve continuar na casa dos dois dígitos, conforme as previsões do eMarketer: este ano, a expansão deve ser de 19,2% sobre 2011. Em 2013, as redes sociais devem crescer 16% e, em 2014, o aumento de usuários deve ficar em 11,6%, quando as redes sociais atrairão 1,854 bilhão de pessoas. Continue lendo

O que é (de fato) engajamento nas mídias sociais?

Um guia para ajudá-lo a entender engajamento nas mídias sociais.

[Eliseu Barreira, Scup, 1 fev 12] Garrafas de champanhe só são abertas em ocasiões extremamente especiais na empresa de João. Dono da maior fabricante de relógios do país, ele gosta de brindar após a abertura de novas lojas, o aumento nas vendas e a formação de parcerias. Numa sexta-feira ensolarada, ele decidiu acrescentar uma nova situação – digna de ser comemorada com a bebida – em sua lista. O diretor de marketing lhe entregara um relatório mostrando que a página no Facebook da companhia havia atingido a marca de 1 milhão de fãs em “apenas” cinco meses. Com o número, a empresa se colocava, segundo o diretor de marketing, no grupo de marcas com maior taxa de engajamento no mundo digital. A conta era, na visão dele, simples: quanto mais fãs conquistasse no Facebook, maior seria o engajamento em torno da empresa. “Imagine só quando nossa comunidade tiver 5 milhões de pessoas? Ninguém segura a gente!”, costumava espalhar em alto e bom som. Continue lendo

Empresas de internet decretam o fim do currículo no Brasil

Seguindo a tendência mundial, companhias brasileiras passam a utilizar, cada vez mais, um único critério em seus processos seletivos: a presença na web

[Beatriz Ferrari, Veja, 13 fev 12] Pouco mais de um ano atrás, o estudante de sistemas de informação Estevão Mascarenhas, então com 19 anos, passou por uma situação curiosa. Ele começou a interagir nas redes sociais, sem saber, com seu futuro patrão. No fim de 2010, Horácio Poblete, presidente dastartup Ledface, começou a seguir o jovem no Twitter por indicação de amigos – que, por sua vez, não tinham qualquer ligação direta com o universitário. Empregador e funcionário em potencial começaram a discutir empreendedorismo pela rede de microblogs, até que Horácio tivesse intimidade o suficiente para solicitar a Estevão que o adicionasse em seu Facebook. Depois de três meses de observação virtual intensa, o executivo finalmente se convenceu de que o estudante era um profissional que, além de qualificado tecnicamente, identificava-se com os valores da empresa. A proposta veio em seguida. Estevão largou a faculdade na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), em Minas Gerais, e mudou-se para Campinas, em São Paulo, de emprego novo, sem ter enviado ao menos um currículo. Continue lendo

Pais entram no Facebook, e adolescentes migram para o Twitter

Taylor Smith, 14, acessa o Twitter no celular em sua casa, em Kirkwood, no Missouri (EUA) Jeff Roberson/Associated Press

[Martha Irvine, AP/Folha SP, 31 jan 12] Adolescentes não tuítam, nunca tuítam –é público demais, há muitos usuários mais velhos. Não é bacana.

Essa há tempos tem sido a previsão, surgida de números mostrando que menos de um em cada dez adolescentes usava o Twitter no início do serviço.

De repente, o espaço dos adolescentes não era mais só deles. Assim, mais jovens começaram a migrar para o Twitter, escondendo-se da vista dos outros.Mas, então, seus pais, avós, vizinhos, amigos dos pais e todos os intermediários começaram a adicioná-los no Facebook –e uma coisa curiosa começou a acontecer.

“Eu amo o Twitter, é a única coisa que tenho para mim mesmo… Porque meus pais não têm [perfil no Twitter]”, tuitou alegremente Britteny Praznik, 17, que vive nos arredores de Milwaukee. Embora ainda tenha uma conta no Facebook, ela aderiu ao Twitter no verão passado, depois de mais pessoas em sua escola terem feito o mesmo. “[O Twitter] meio que pegou”, diz ela. Continue lendo

Movimento de ‘Desconectados’ já nasceu? entrevista com Tom Rachman

Tom Rachman - Foto: Thais Caramico/AE

A ideia de que a rede traz conhecimento, melhora a produtividade e nos conecta ao mundo está perdendo força. Para o escritor inglês, os efeitos negativos da internet vão criar um movimento de desconectados.

[Thais Caramico, Estado SP, 29 jan 12] LONDRES – O escritor inglês Tom Rachman não é contra a tecnologia, mas acredita que há algo errado em como a utilizamos. “É como se a comida, essa maravilha, fosse descoberta agora. As pessoas, ansiosas, iam comer tudo o que vissem pela frente, até explodir. Isso é bom?”, indaga o autor do artigo Romantismo Offline, publicado no Link em setembro de 2011.

Rachman se anima ao falar que as reações anti-internet podem dar origem a um movimento. Ex-editor do International Herald Tribune, ele acredita que toda grande mudança social é correspondida por um efeito contrário. E antevê uma geração de “românticos offline”, que não apenas rejeitam as mudanças do mundo conectado, como fazem questão de alertar a sociedade sobre este mal.O encontro em Londres foi marcado por e-mail. Duas horas antes, Tom enviou uma mensagem de texto do celular para saber se a conversa estava de pé. Bom britânico – apesar de ter crescido no Canadá – chegou na hora e sabia qual chá ia tomar. Em um simpático café no bairro de Earl’s Court, zona oeste da cidade, foram dois bules de menta e cinquenta minutos de papo com o autor de Os Imperfeccionistas, seu livro de estreia – e já bestseller –, que chega ao Brasil neste mês pela Editora Record. Continue lendo

Cresce debate sobre aspectos nocivos de viver o tempo todo na internet

[Nelson de Sá, Folha SP, 27 jan 12] Há dois meses, falando a estudantes em Stanford, Mark Zuckerberg desabafou que, se voltasse no tempo para recomeçar o Facebook, ficaria em Boston, longe do Vale do Silício, dos fundos de “venture capital” e da “cultura de curto prazo”. Ele tem um problema: a abertura de capital do Facebook se aproxima e a rede social dá sinais de, nos EUA, ter batido no teto.

As visitas cresceram 10% de outubro de 2010 ao mesmo mês de 2011, segundo a comScore, contra 56% de aumento no ano anterior.

Já se fala em “saturação social”, como publicou o “New York Times”. Segundo depoimento de David Carr, repórter e colunista da área cultural do “NYT”, 2011 foi o primeiro ano em que ele viu sua produtividade cair por causa de seu consumo de mídia. E, para 2012, Carr diz estar diante da escolha entre cortar passeios de bicicleta ou “alguns desses hábitos digitais que estão me comendo vivo”.

Nas três primeiras semanas, nada. “Meu Twitter ainda está me comendo vivo, embora eu tenha tido certo sucesso em desligá-lo por um tempo”, diz ele à Folha. “Na maior parte do tempo, porém, é como ter um cão amigável que quer ser sempre acariciado, levado para passear. Em outras palavras, continua me deixando louco.”Já se fala em “saturação social”, como publicou o “New York Times”. Segundo depoimento de David Carr, repórter e colunista da área cultural do “NYT”, 2011 foi o primeiro ano em que ele viu sua produtividade cair por causa de seu consumo de mídia. E, para 2012, Carr diz estar diante da escolha entre cortar passeios de bicicleta ou “alguns desses hábitos digitais que estão me comendo vivo”. Continue lendo

Ravasi, o cibercardeal: ”Assim levamos a fé à rede”

Ravasi, ministro da Cultura do Vaticano, usa redes sociais, abriu um blog, fala com o administrador do Google e explica por que a Igreja deve ir para rede.

[Marco Ansaldo, La Repubblica, 14 dez 11/IHU 16 dez 11, tradução Moisés Sbardelotto] “O homem é o único animal capaz de corar. Mas também é o único que precisa disso (Mark Twain)”. “Cair não é perigoso, nem é desonroso. Mas não se levantar é as duas coisas (Konrad Adenauer)”. O comentário de um dos seus 4.419 seguidores: “Se todos seguissem @CardRavasi ninguém pediria que a Igreja pagasse o ICI [imposto municipal sobre os imóveis]”. Uma piada, obviamente, mas que dá conta da popularidade de um cardeal agora ativo também no Twitter.

Um cardeal que estreou na rede com um blog pessoal, que colabora com jornais “seculares” online, que vai à TV, que escreve todos os dias a coluna Mattinale do jornal dos bispos Avvenire, que participa em conferências que vão desde a mídia à música contemporânea, que organiza encontros inéditos noVaticano para blogueiros jovens. Ele defende que a Igreja está para trás, e que chegou a hora da Internet. Ele também viaja o mundo com a sua iniciativa do”Átrio dos Gentios”, que se abriu aos seculares e até mesmo aos ateus. Continue lendo

O Facebook está contra a alegria ~ Evgeny Morozov

Uma das ideias mais influentes e perigosas, e menos consideradas, a surgir neste final de ano no Vale do Silício é a de “compartilhamento sem fricção”. Articulada por Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, em setembro, a ideia pode reformular a cultura da internet tal como a conhecemos -e não para melhor.

[Folha SP, 28 nov 11] O princípio que embasa o “compartilhamento sem fricção” é enganosamente simples e atraente: em lugar de perguntar aos usuários se eles desejam compartilhar com os amigos seus produtos favoritos -os filmes a que assistem online, a música que ouvem, os livros e artigos que leem-, por que não registrar automaticamente todas as suas escolhas, livrá-los da tarefa de compartilhar essas informações e permitir que seus amigos descubram mais conteúdo interessante de forma automática? Se Zuckerberg conseguir o que quer, cada artigo que leiamos e cada canção que viermos a escutar seria automaticamente compartilhada com os outros -sem que tivéssemos nem de apertar aqueles irritantes botões de “curtir”.

É precisamente isso que o Facebook deseja fazer com sua ideia de aplicativos sociais, que rastreiam tudo que uma pessoa consuma no site (e, nem seria preciso dizer, consumimos mais e mais informações sem sair do Facebook). Não é impensável que o Facebook em breve venha a desenvolver aplicativos capazes de rastrear também o que fazemos fora de seu site. E a essa altura, não estamos mais falando de uma questão de tecnologia, mas sim de uma questão de ideologia -fazer com que esse “compartilhamento sem fricção” pareça completamente normal, e até desejável. Continue lendo

No Facebook, 6 graus de separação viram 4,74

O mundo é ainda menor do que você imaginava.

[John Markoff & Somini Sengupta, NYT/FolhaSP, 22 nov 11] Acrescentando um novo capítulo à pesquisa que fez com que o termo “seis graus de separação” se tornasse corrente, cientistas do Facebook e da Universidade de Milão reportaram na segunda-feira (21) que o número de conhecidos que separam duas pessoas quaisquer no planeta não era de seis, mas de 4,74.

A constatação original quanto aos “seis graus”, publicada em 1967 pelo psicólogo Stanley Milgram, foi estabelecida por meio de um estudo entre 296 voluntários, convidados a enviar uma mensagem por cartão postal, retransmitida por amigos e amigos de amigos, a uma determinada pessoa em um subúrbio de Boston.

A nova pesquisa utiliza um universo um pouquinho maior de participantes: os 721 milhões de usuários do Facebook, equivalentes a mais de um décimo da população mundial. Os resultados foram postados no site do Facebook na noite de domingo. Continue lendo

Paquistão proíbe termos ‘obscenos’ em SMS

Operadoras do país terão de bloquear mensagens de texto com palavras de conteúdo sexual, xingamentos e até ‘Jesus Cristo’.

[Estadão, 18 nov 11] ISLAMABAD – Quem manda mensagem de texto no Paquistão vai precisar moderar suas palavras. A agência de telecomunicações do país enviou uma carta às operadoras de celular ordenando o bloqueio de mensagens de texto (SMS) contendo o que a agência considera serem obscenidades, disse a porta-voz da operadora Telenor Pakistan, Anjum Nida Rahman, nesta sexta-feira, 18. A agência também enviou uma lista de 1.500 palavras em inglês e urdu que deverão ser bloqueadas pelas operadoras.

A ordem faz parte de uma tentativa da agência reguladora de bloquear mensagens de spam enviadas aos celulares, disse Rahman. A Autoridade de Telecomunicações do Paquistão se recusou a comentar a iniciativa.

Muitas das palavras que serão bloqueadas são termos sexualmente explícitos e xingamentos, de acordo com uma cópia da lista obtida pela agência de notícias Associated Press. Ela também inclui termos relativamente mais brandos, como “soltar pum” e “idiota”.

Mas as razões para bloquear algumas palavras, incluindo “Jesus Cristo”, “faróis dianteiros” e “absorvente”, eram menos claras, levantando questões sobre liberdade religiosa e praticidade. Qualquer palavra pode fazer parte de uma mensagem de spam. Continue lendo

Classe C já está no Facebook, dizem analistas de mercado

Usuários falam de possibilidade de `orkutização´ do Facebook

A classe C já começa a fazer parte dos usuários brasileiros do Facebook, de acordo com analistas do mercado de mídias sociais. Atualmente, o site de rede social americano tem cerca de 21 milhões de usuários brasileiros, número que cresceu 133% nos últimos seis meses.

[Camilla Costa, BBC Brasil, 7 jul 11] “O Facebook já foi uma rede social de classe A, mas hoje está acessível a todas as classes. As pessoas estão entrando porque seus amigos estão indo para lá”, disse Rosário de Pompéia, diretora executiva da consultoria de estratégia em mídias sociais le Fil, à BBC Brasil.

Segundo os especialistas, o site, que ainda é associado a usuários de maior poder aquisitivo, ganhou mais força entre as classes mais baixas a partir do lançamento de sua versão em português, em 2008. A novidade trouxe, além de mais usuários, mais oportunidades de negócios para a empresa de Mark Zuckerberg, que abriu seu primeiro escritório no Brasil no último mês de março. Continue lendo