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Facebook e Twitter estão criando uma geração vaidosa e obcecada por atenção, advertem cientistas

[Bernardo Cury, Tech Tudo, 30 jul 11] Facebook e Twitter criaram uma geração de pessoas obcecadas em si mesmas, que têm desejo infantil por atenção constante em suas vidas, acreditam os cientistas.

A exposição repetida em sites de redes sociais deixa os usuários com uma “crise de identidade”. Baroness Greenfield, professora de farmacologia na Universidade de Oxford, acredita que o crescimento de “amizades” na internet, assim como um maior uso de jogos de computador, pode efetivamente criar uma “nova fiação” no cérebro, fazendo voltar aos instintos de uma criança. Continue lendo

Internet é apontada como a causa de um em cada cinco divórcios nos EUA

A troca de mensagens nas redes sociais vira prova de traição nos tribunais americanos. Veja como alguns casais lidam com o ciúme no mundo virtual.

[Giovana Teles, Jornal Hoje, 14 jun 11] Números que impressionam: em São Paulo, uma agência de detetives investiga todo mês mais de 70 casos de adultério pela internet. A maioria é confirmada. Nos Estados Unidos, uma pesquisa mostrou que 20% dos processos de divórcio cita uma página de relacionamento como causa da crise.

Para muitos apaixonados não basta dizer “eu te amo”, baixinho, ao pé do ouvido. É preciso que o mundo todo saiba. E aí, a internet é o canal. A rede está cheia de tipos diferentes de casais.

Nayra e Júnior são os ciumentos de carteirinha. Por isso decidiram fazer um perfil único na internet. “Na verdade ela queria que eu excluísse o meu e queria ficar com o dela. Ah, nem pensar”, explica Luiz Carlos dos Santos Júnior, analista de RH. “O casamento juntou duas pessoas em uma só e o perfil também foi junto. Dois perfis em um só”, justifica Nayra Alves de Lima, auxiliar administrativa. Continue lendo

El 25% de los niños abre su perfil en las redes sociales

[El País, 18 abr 11] En España, el 28% de los menores entre nueve y doce años tiene cuenta en alguno de estos servicios en Internet, según un estudio de la Comisión Europea

Un 25 % de los menores tiene abierto el acceso a su perfil en las redes sociales a cualquier persona que desee consultarlo, según indica hoy una encuesta elaborada por la Comisión Europea. Además, uno de cada cinco de estos menores con el perfil accesible ha introducido datos como su dirección o su número de teléfono, que, de este modo, son visibles para todo el mundo. Las empresas propietarias de estas redes “deberían hacer inmediatamente que los perfiles de menores fueran accesibles solo para su lista de contactos aprobados”, ha señalado en un comunicado la comisaria europea de Agenda Digital, Neelie Kroes.

Kroes considera que las cuentas de menores de edad no deberían poder encontrarse mediante buscadores en línea y urgió a todas las compañías que aún no lo hayan hecho a firmar el código de buenas prácticas para las redes sociales impulsado por la Comisión. “Un creciente número de niños están en las redes sociales pero muchos de ellos no toman las medidas necesarias para protegerse en línea. Estos niños se están exponiendo a que les hagan daño y son vulnerables a acosadores”

Según el estudio, un 38% de los menores europeos entre nueve y doce años está presente en alguna red social, una cifra que aumenta hasta el 77 % para los menores entre trece y dieciséis años. En España, un 28 % de los niños entre nueve y doce años tiene una cuenta en una red social, diez puntos menos que la media europea, aunque para el caso de los adolescentes entre trece y dieciséis el total sube por encima de la media hasta el 81 %. Francia, con un 25 %, y Holanda, con un 70 %, son, respectivamente, los países con un menor y mayor porcentaje de niños entre los nueve y los doce años presentes en las redes sociales.

Ops! Minha mãe está no Facebook

As redes sociais põem à prova a relação entre gerações. Os pais querem seguir os filhos para supervisionar suas vidas. Os especialistas se dividem diante da pressão à intimidade do menor.

[Texto de María R. Sahuquillo, El País, 12 jan; IHU 19 jan 2011. Tradução de Anne Ledur].

Tens 30 anos, mas tua mãe não sabe que fumas. Até agora. Alguma fotografia marcada na internet te delatou. Jamais teu pai pôde te escutar, exceto de passagem e por acidente. As conversas picantes que tens com teus amigos, tens certeza que faz alguns meses que ela as lê. Tudo à mão no Facebook e outras redes sociais.

O que começou sendo um espaço para universitários, jovens e adolescentes se converteu em um lugar plural no qual convive gente de todos os perfis, onde interatuam pessoas de três gerações, com suas vantagens e desvantagens, como a mistura de contatos. E isso não agrada todas as idades. Muitos adolescentes se queixam que isso é uma invasão do que consideram seu espaço virtual, por parte de seus pais, a quem acusam de espiar seus perfis e ser indiscretos em seus comentários. Continue lendo

Facebook só disfarça falta de relações humanas

3d render depicting remote networking

Agora que o Facebook virou filme e as redes sociais parecem ter liberado o homem para toda forma possível de comunicação, vem um intelectual francês dizer que vivemos sob a ameaça da “solidão interativa”.

Dominique Wolton, 63, que esteve no Brasil há duas semanas, bate ainda mais pesado. Para ele, a internet não serve para a constituição da democracia: “Só funciona para formar comunidades” –em que todos partilham interesses comuns–, “e não sociedades” –onde é preciso conviver com as diferenças.

Sociólogo da comunicação e diretor do Centro Nacional de Pesquisa Científica (Paris), ele defende na entrevista abaixo que, depois do ambiente, a “comunicação será a grande questão do século 21”. Em tempo: “A Rede Social”, de David Fincher, estreia nos cinemas brasileiros no início de dezembro.

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Como vê a internet?

Dominique Wolton – Faço parte de uma minoria que não é fascinada por ela. Claro, é formidável para a comunicação entre pessoas e grupos que se interessam pela mesma coisa e, do ponto de vista pessoal, é melhor do que o rádio, a TV ou o jornal.

Mas, do ponto de vista da coesão social, é uma forma de comunicação muito frágil. A grandeza da imprensa, do rádio e da TV é justamente a de fazer a ligação entre meios sociais que são fundamentalmente diferentes. Nesse sentido, a internet não é uma mídia, mas um sistema de comunicação comunitário. Continue lendo

Adolescentes estão perdendo interesse nos blogs, indica pesquisa

BBC Brasil, 4 fev 2010

Os internautas mais jovens estão perdendo o interesse nos blogs e se voltando cada vez mais para formas mais curtas e portáteis de comunicação pela rede, enquanto a popularidade dos blogs entre os mais velhos se mantêm inalterada, segundo indica uma pesquisa americana.

Segundo o estudo feito pelo Pew Research Center, o número de jovens internautas americanos entre 12 e 17 anos que escrevem blogs caiu de 28% para 14% desde 2006.

Os adolescentes que disseram ter feito comentários em blogs de colegas caiu de 76% para 52% no mesmo período.

A pesquisa indica que os adolescentes vêm preferindo colocar postagens curtas em sites de redes sociais ou de micro-blogging, como o Facebook ou o Twitter, ou acessar a internet pelo telefone celular.

Ao mesmo tempo, a proporção de internautas adultos que disseram manter um blog na rede se manteve constante de 2006 para cá, em cerca de 10%.

Apesar de a popularidade dos blogs ter se mantido constante de uma maneira geral entre os adultos, a pesquisa mostra uma diferença clara quando analisados os dados entre os grupos por faixas etárias específicas.

A proporção de internautas entre 18 e 29 anos que mantêm um blog caiu de 24% para 15% desde 2007, enquanto entre os internautas com 30 anos ou mais essa proporção cresceu de 7% para 11%.

Redes sociais

Se por um lado a popularidade dos blogs tradicionais vem caindo entre os mais jovens, segundo indica a pesquisa, os dados mostram um envolvimento cada vez maior dos adolescentes em redes sociais na internet.

Segundo um estudante ouvido pela pesquisa, os adolescentes estão perdendo o interesse nos blogs porque eles precisam de rapidez e “as pessoas não acham a leitura tão divertida”.

De acordo com o estudo da Pew, 73% dos adolescentes americanos disseram usar sites de relacionamento social atualmente, contra 55% em novembro de 2006 e 65% em fevereiro de 2008.

A pesquisa indica ainda um aumento da popularidade do acesso à internet pelo celular – 55% dos jovens entre 18 e 29 anos e 27% dos adolescentes de 12 a 17 disseram acessar a rede dessa maneira.

Outro resultado interessante da pesquisa é que, ao contrário da maioria dos sites de relacionamento ou micro-blogging, o uso do Twitter é mais popular entre os adultos jovens do que entre os adolescentes.

Segundo o estudo, 8% dos adolescentes leem postagens ou escrevem no Twitter, contra 19% dos adultos maiores de 18 anos. Na faixa etária entre os 18 e os 29 anos, o uso da rede de micro-blogging chega a 37%.

Nativos vs. imigrantes digitais: o atual conflito virtual na publicidade

Por Leonardo Rios, na Revista Webdesign

De cara já falo que sou um “Nativo Digital”. Mas o que é isso? Nasci e cresci em uma geração que tem em seu interior a cultura virtual desde sua infância até os dias atuais. Com três anos, ganhei minha primeira televisão, com cinco meu primeiro videogame e com 12 meu primeiro computador, um Pentium 166 com 4GB de HD: top de linha na época.

Esses são os “nativos digitais”: aqueles que nasceram a partir dos anos 80 e acompanharam uma evolução tecnológica completamente acelerada, com mudanças enormes em curtíssimos períodos de tempo e inserida em uma linguagem nova, onde o teclado e o mouse são os maiores acompanhantes durante todos os dias. Pen-drivers então? Essas são indispensáveis. Já vêm até na lista de material escolar.

Trabalhamos, estudamos e nos divertimos na frente de uma tela, conectados à internet. E se ela “cair”, ficamos completamente perdidos, sem saber como fazer nada. Somos verdadeiros dependentes, tendo o Brasil 64,5 milhões de usuários que passam em média 25% do seu tempo na rede.

Em contrapartida, lidamos com uma geração que precede a nossa, onde, salvo exceções, são leigos em assuntos virtuais, ou seja, não “falam nossa língua”. Esses são os “Imigrantes Digitais”. Tudo é mais difícil, desde descobrir funcionalidades de um novo programa de computador, até entender o porquê é importante estar na internet, seja como forma de pesquisa ou de divulgação de seus negócios e empresas. E é aí que começa o conflito.

Como em todo tipo de migração, aprender a nova língua – e seus costumes – é algo difícil e demorado. Twitter, Flickr, Facebook, MySpace, Plurk, Widget, LastFM, Orkut, Delicious, Blog, Flashmob, Hotsite e outros milhares de termos são complicados de se familiarizar. E entender os benefícios que eles podem trazer para uma marca é algo mais complicado ainda.

Em sua grande maioria, presidentes, diretores e donos de empresa são esses imigrantes. Vieram da geração televisão e ainda não entendem que, atualmente, ela é só uma companheira em todos os lares. Fazendo uma comparação grosseira, ela é um rádio com imagens, que ligamos para não nos sentirmos sozinho enquanto navegamos pela internet. Por serem dessa geração, continuam investindo a maioria da sua verba publicitária nestes veículos do passado, apesar de saber que necessitam estar de alguma maneira na web. Eles só não entendem como e quem procurar para instruí-los nessas horas.

Nesse momento, aparece outra grande questão colocada pela grande maioria destes imigrantes: por que uma campanha on-line não custa R$1.000,00? Parece-me algo tão simples… Bastam meus produtos ali, alguns cliques e pronto. Está ótimo! E foi ao longo dessas conversas e reuniões que cheguei a uma conclusão da qual tenho certeza ser a maior responsável por essa percepção sobre a web: a intangibilidade de uma campanha digital. Como pagar caro por algo intangível, que não possui matéria-prima (na teoria) e não se vê nas ruas, bancas de jornal e televisão?

É nessa hora que eu explico a complexidade que envolve uma estratégia digital acertada. Para que se obtenha resultado em qualquer segmento, você precisa ter o melhor nas mãos. E esse melhor sempre tem um custo um pouco mais alto. Para desenvolver um simples site, uma agência passa por uma série de etapas que vou resumir abaixo:

Reunião com Cliente > Briefing > Brainstorm Criativo > Planejamento de Mídia > Levantamento de Custos > Elaboração de Proposta Comercial Personalizada > Reunião de Entrega Comercial > Elaboração de Contrato > Elaboração de Layout > Programação em Diversas Linguagens > Mudanças do Cliente > Depuração de Bugs > Entrega Final > Relatório de Mensuração de Resultados. Isso sem contar na capacidade criativa, pois boas ideias são imensuráveis, não possuem um preço determinado.

Vendo tudo isso, dá para imaginar quantos profissionais estão envolvidos no processo, não é? Em um simples projeto, temos pelo menos duas pessoas focadas no atendimento, um trio de criação contendo um Designer, um Programador e um Redator, um Diretor de Criação, Departamento Jurídico e Financeiro e um profissional de planejamento…

Isso sem contar com custos fixos e depreciação de materiais caros e máquinas de última geração para suportar os melhores programas da atualidade, o que faz com que tenhamos que mudar 90% da estrutura maquinaria da empresa a cada dois anos no máximo. E isso é o básico. Projetos de maior complexidade envolvem diferentes linguagens de programação, interações e “aplicabilidades”: PHP, ASP.net, AS 3.0, Java, Ruby on Rails, entre outras.

Felizmente, pesquisas mostram uma grande evolução nesta área, com uma perspectiva alta da internet ultrapassar outros meios de comunicação devendo se tornar o principal veículo publicitário em menos de três anos na Europa.

Por aqui, ela ainda é responsável por somente 4% do investimento publicitário, sendo a métrica de mensuração de resultados uma das maiores responsáveis pela desconfiança dos investidores, pois ainda não entendem como o calculo é feito e os resultados são atingidos.

Dentre em breve, nativos e não nativos digitais estarão cada vez mais juntos e com a mesma maneira de pensar, descobrindo milhares de novas possibilidades e utilidades para a maior rede do mundo. E esta é a maior notícia que nosso mercado pode ter, provando a importância de profissionais cada vez mais qualificados e soluções cada vez mais criativas.

Por Leonardo Rios
Bacharel em Propaganda e Publicidade, com ênfase em Marketing, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro (ESPM), pós-graduado em Gestão de Design pela ESPM-RJ e sócio da Zign Marketing Digital .

O limite do ser humano é ter 150 amigos?

Da Veja

Um estudo da Universidade de Oxford divulgado recentemente e em destaque no The Times nesta segunda-feira levantou uma possível importância que o número de Dunbar tem na relação social entre humanos. Segundo a pesquisa, o cérebro humano é capaz de administrar em redes sociais, no máximo, 150 amigos.

Robin Dunbar, antropólogo da instituição e autor da pesquisa, conseguiu pela primeira vez comprovar no mundo on-line a teoria que defendia na década de 90. Na época, o cientista concluiu a partir de observações de vários grupos que a capacidade de manter circulos sociais não passava do número 150, independente do grau de sociabilidade de cada pessoa.

Na web, a teoria já foi questionada. Em fevereiro, o sociólogo Cameron Marlow descobriu que um internauta comum consegue estabelecer uma relação estável com o próximo com no máximo 120 contatos em  perfis no Facebook. Russerd Bernard, da Universidade da Flórida, concluiu que, nos Estados Unidos, os laços de amizade de uma pessoa podem chegar a 290.

Essas limitações existem devido a capacidade do neocórtex cerebral, que não se desenvolveu durante a evolução do homem. Em pouco tempo, o registro foi tão valorizado na internet que já existiram redes sociais que o adotavam para definir critérios de ingresso às plataformas participativas.

A rede social aSmallWorld, considerada como “Orkut dos ricos”, usou este discurso para defender seus princípios de uso e, claro, alcançar valorização e alarde em torno de seu serviço.

A construção do mito de que as novas tecnologias poderiam superar tal limitação não é o único fato que mais chama atenção. O estudo corrobora a premissa de que o internauta, hoje, reforça mais laços construídos de forma offline (cotidiano) do que propriamente criar novas amizades virtuais.