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Jovem agressor leva violência para a vida adulta

[Isis Brum, JT, 7 jun 11] Homens que afirmam ter praticado bullying na infância apresentam um risco maior de desenvolver um comportamento agressivo com seus cônjuges na fase adulta, de acordo com estudo publicado na última edição da revista científica Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine. Segundo os pesquisadores, 40% dos homens agressores têm histórico de violência na infância.

Foram entrevistados 1.941 homens, com idade entre 18 e 35 anos. Eles responderam questionários sobre infância, bullying, vitimização, exposição a comportamentos violentos na infância e, entre outros, sobre abuso sexual.

Mais de 40% dos entrevistados alegaram que praticava bullying. Desses, aproximadamente 16% (241) disseram ter cometido algum tipo de violência (física, emocional ou sexual) contra parceiros no ano passado. Do grupo de 241, 38,2% (92) afirmam ter praticado frequentemente bullying na infância e 26,1% (63) deles disseram que as agressões eram raras. Continue lendo

Tão jovens, tão cruéis [bullying]

‘Bully’, o videogame; ganha quem atazanar mais a vida dos colegas

[Carolina Rossetti – O Estado de S. Paulo, 30 out 10] Como explicar o comportamento esdrúxulo de três jovens que agrediram um casal de gays numa festa de faculdade desferindo contra os dois, além de chutes, xingamentos e latinhas de cerveja, toda a sua ira homofóbica? Como entender a atitude de um grupo de rapazes que achou que seria um tanto cômico tratar suas colegas como montaria subindo-lhe nas costas e gritando: “Pula, gorda!”? E ainda qual o problema da menina de 14 anos que usou a lâmina do próprio apontador para cortar – nove vezes – o rosto da companheira de classe? Afinal, jovens, por que tanta raiva?

Educador há mais de 37 anos e pai de Curtis – que morreu em consequência de um vida inteira de bullying -, Allan Beane é hoje um militante da causa “mais respeito, por favor!” O autor de Proteja Seu Filho do Bullying diz que o problema não se circunscreve à juventude. É um mal de toda a sociedade, que de modo geral está mais tolerante à violência – nas ruas, nas escolas, dentro de casa. Estamos apáticos em relação a dor dos outros, e lentos demais para ir em defesa de quem está sendo rechaçado, pisoteado, humilhado. E ainda por cima, comenta Beane, gostamos de responsabilizar as vítimas de agressão pelas próprias indiscrições (“Também, com aquele vestidinho rosa, o que ela esperava?”). Somos nós, portanto, enquanto sociedade, que estamos disfuncionais. Continue lendo