Sozinhos, nós não podemos. Sem nós, Ele não quer! ~ por José Roberto Prado

Creio em Deus.

Creio em seu propósito de compartilhar sua glória — seu amor perfeito — com todos os povos da terra.

Creio que o universo e as nações serão um dia restaurados e reconciliados com o Criador.

Creio no projeto chamado Reino de Deus, e seu principal agente ̩ a Igreja Рum povo transformado pelo poder do Evangelho de Cristo Рque vive de maneira transformadora na sociedade.

Por conseguinte, entendo que Deus, em sua soberania, sabedoria e graça, decidiu agir em conjunto conosco, seu povo.

Considerada a grandeza da tarefa e nossa própria limitação, como povo que ainda está em processo, só posso aceitar esta verdade pela fé, submetendo-me à revelação de sua Palavra, entendendo que Ele deseja usar instrumentos frágeis para que o mérito seja todo Dele.

Pra dizer em outras palavras: “Sozinhos, nós não podemos; sem nós, Ele não quer!”

Como idealizador deste projeto, Deus mesmo determinou a maneira que funcionaria.

Dentre tantas maneiras de nos envolvermos como agentes do Reino, é na oração que exercemos uma das faces mais sublimes da nossa vocação.

Pode não parecer, mas na aparente fragilidade de joelhos dobrados, de corações contritos e olhos marejados está escondida uma inesgotável fonte de poder.

Conseqüentemente, nossa força não está nas estratégias, campanhas ou recursos que tenhamos, ela está na nossa “dependência ativa”. Explico.

Na oração, somos chamados a sondar nosso coração, colocando-o no mesmo compasso do coração do Pai.

Neste exercício de discernimento e submissão aprendemos a humildade, uma preciosa virtude que nos capacita a agir com o Senhor.

Buscando sua vontade e reconhecendo que seus planos são sempre melhores que os nossos, nos disponibilizamos ao seu agir, como ofertas vivas em seu altar.

Desta forma abrimos espaço para que o Espírito Santo, enquanto visitamos as várias facetas da oração (gratidão, confissão, adoração, petição), nos molde, fazendo-nos mais parecidos com Jesus e com o Pai.

Para dizer como Paulo, somos transformados de glória em glória (II Cor 3:18). E como precisamos ser transformados!

Em cada geração, no decorrer de toda história humana, o Pai busca por estes que se dispõe agir com Ele.

Esta é a experiência do discípulo que mantém os olhos fixos no Senhor. Expressa sua gratidão por sua fidelidade e amor, mas também clama com uma santa expectativa: Venha o teu Reino! Usa-me!

Em segundo lugar, citando Paulo novamente (II Cor 2:11), “nós não ignoramos as maquinações (estratégias) de Satanás”.

O avanço do Reino da Luz sempre implicará em recuo do reino das trevas, e isto não acontece sem luta, sem vencer resistências.

Neste sentido a oração é a maneira que Deus exercita seu povo na sua forma de agir (que é exatamente oposta às práticas do reino das trevas), capacitando com seu poder aqueles que se dispõe a avançar em humildade e unidade.

Esta unidade nos convoca a mencionar uma outra dimensão, conseqüente desta forma de Deus agir.

Ela nos torna indiscutivelmente envolvidos com nossos irmãos na fé.

Dependemos não somente de Deus.

Dependemos da intercessão, do apoio, do cuidado e do amor uns dos outros.

O Reino de Deus, na forma em que podemos experimentá-lo hoje, não é um lugar de repouso.

Temos lutas a vencer, territórios a conquistar. Mas não estamos sós, somos parte da família da fé.

Por isso confessamos e convocamos: precisamos de você junto conosco em oração, assim como Josué necessitou de Moisés, que necessitou de Arão e Hur no alto da colina (Ex. 17:12).

Será que podemos contar com você?

Você está disposto a pagar este preço junto conosco?

Creio que sim.

Espero que sim.

Oro pra que assim seja.

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