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Tendências demográficas: uma análise dos indígenas com base nos Censos 1991 e 2000

Apresenta uma análise comparativa e de tendência da população que se autodeclarou como indígena no quesito Cor ou Raça do questionário da amostra dos Censos Demográficos 1991 e 2000, com o objetivo de contribuir não só como referencial para a inclusão dos indígenas nas estatísticas sociodemográficas oficiais do País, e a conseqüente definição de políticas públicas destinadas a promover a melhoria de suas condições de vida, como também para o aperfeiçoamento das pesquisas censitárias deste segmento populacional.

Embora a filiação lingüística ou étnica dos indígenas não sejam objeto de investigação nos censos nacionais, as informações apresentadas neste estudo abarcam as principais características das pessoas autodeclaradas nesta categoria – distribuição espacial no território; estrutura por sexo e idade; religião; deficiência física ou mental; situação educacional; nupcialidade; componentes da dinâmica demográfica, como migração, fecundidade e mortalidade infantil; trabalho e rendimento; famílias e domicílios – e possibilitam traçar um detalhado perfil sociodemográfico dessa população. Continue lendo

Envelhecimento e urbanização: tendências demográficas do século 21

[Fábio de Castro, Agência FAPESP, 1 abr 11] O envelhecimento e a urbanização são tendências demográficas importantes no século 21. A população urbana, que já corresponde à metade da humanidade, dobrará até 2050, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Por outro lado, se hoje existem cerca de 600 milhões de pessoas com mais de 60 anos, em 2050 a população nessa faixa etária será de quase 2 bilhões.

A consequência disso é que a sociedade precisará repensar o lugar dos idosos nas cidades e implantar uma nova cultura do envelhecimento. Essa é uma das principais conclusões dos especialistas que participaram, no dia 29 de março, em São Paulo, da mesa-redonda “Aspectos urbanos e habitacionais em uma sociedade que envelhece”.

O evento integrou a programação do ciclo “Idosos no Brasil: Estado da Arte e Desafios”, promovido pelo Institutos de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), pelo Grupo Mais-Hospital Premier e pela Oboré Projetos Especiais de Comunicação e Artes.

Coordenada por David Braga Jr., do Grupo Modelo de Atenção Integral à Saúde (Mais), a mesa-redonda – a terceira do ciclo – teve a participação de Alexandre Kalache, da Academia de Medicina de Nova York (Estados Unidos), e de Guita Grin Debert, professora do Departamento de Antropologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

De acordo com Kalache, carioca que dirigiu por 13 anos o Programa Global de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados da ONU mostram que a população mundial crescerá cerca de 50% (para 9 bilhões) até 2050. No mesmo período, a população acima de 60 anos terá aumentado 350%, sendo que a maior parte desse aumento ocorrerá nos países em desenvolvimento, cada vez mais urbanizados. Continue lendo