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Vida nos oceanos pode enfrentar extinção sem precedentes, diz estudo

[BBC Brasil 20 jun 11] Um novo estudo indica que os ecossistemas marinhos enfrentam perigos ainda maiores do que os estimados até agora pelos cientistas e que correm o risco de entrar em uma fase de extinção de espécies sem precedentes na história da humanidade.

O levantamento foi feito realizado por especialistas que integram o Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO, na sigla em inglês), uma entidade formada por cientistas e outros especialistas no assunto.

Eles concluíram que fatores como a pesca excessiva, a poluição e as mudanças climáticas estão agindo em conjunto de uma forma que não havia sido antecipada.

A pesquisa reuniu especialistas de diferentes disciplinas, incluindo ambientalistas com especialização em recifes de corais, toxicologistas e cientistas especializados em pesca.

‘‘As conclusões são chocantes. Estamos vendo mudanças que estão acontecendo mais rápido do que estávamos esperando e de formas que não esperávamos que fossem acontecer por centenas de anos’’, disse Alex Rogers, diretor científico do IPSO e professor da Universidade de Oxford. Continue lendo

70% das espécies comerciais pesqueiras sob o risco de colapso

[Karina Ninni, Estadão, 27 out 10] No mundo 70% das espécies comerciais pesqueiras estão com estoques baixos; no Brasil, índice chega a 80% no Sudeste.

A redução drástica da população de algumas espécies de peixes e crustáceos e o desaparecimento de outras foram tema de debate na Conferência da Biodiversidade, em Nagoya, Japão, que acabou na sexta-feira. Especialistas repisaram o alerta: por milênios o ser humano encarou o mar como fonte inesgotável de alimento, mas isso não vale mais, não no planeta de 6,6 bilhões de habitantes. O grande vilão do fenômeno é a pesca desordenada, que no Brasil já ameaça mais de 80% dos estoques do Sul e Sudeste e 50% no Norte e Nordeste.

O relatório Global Ocean Protection, recém-lançado em Nagoya, é claro. “Alguns estoques estão próximos do colapso e não deveriam mais ser pescados. E todos deveriam ser alvo de planos de uso sustentável de longo prazo”, afirma Caitlyn Toropova, uma das autoras do estudo.

Relatório divulgado este mês pela ONG World Wildlife Foundation indica que 70% das espécies comerciais do mundo, como o bacalhau do Atlântico Norte e o atum do Mediterrâneo, estão com estoques baixos.

No Brasil, o Censo da Vida Marinha divulgado este mês pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) indica que, das 1.209 espécies de peixes catalogadas na costa e nos estuários, 32 são sobre-exploradas. O caso dos crustáceos é ainda pior: a sobrepesca afeta 10 de 27 espécies. Continue lendo

A cada duas semanas é extinto um idioma

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DW, 21 fev 2010

O 21 de fevereiro é o Dia Internacional da Língua Materna. Mas há poucos motivos para se comemorar. A Unesco adverte que a cada duas semanas um idioma desaparece. Também na Alemanha há 13 línguas ameaçadas.

A cada duas semanas, morre um idioma no planeta, adverte a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), por ocasião do Dia Internacional da Língua Materna, comemorado neste domingo, 21 de fevereiro. Das quase sete mil línguas faladas no mundo, a metade está ameaçada de extinção.

Com o desaparecimento de um idioma, perde-se um legado cultural de poesias, lendas, ditados e piadas, adverte a Unesco. Segundo a organização, as razões para a extinção seriam guerras e desterros, migração e a mistura de diferentes línguas.

Atlas da Unesco engloba 2,5 mil idiomas

Criado em 1999, o Dia Internacional da Língua Materna é comemorado anualmente desde o ano 2000 e tem como finalidade chamar a atenção sobre a importância da diversidade cultural e linguística e convidar ao aprendizado de novos idiomas. As atenções da organização estão voltadas principalmente para aqueles falados por menos de 10 mil pessoas.

Na edição de 2009 do Atlas Mundial de Línguas Ameaçadas de Desaparecimento, a Unesco lista 2,5 mil idiomas. Delas, 572, encontradas nas Américas do Sul e do Norte, no Sudeste Asiático, Oceania e África, são consideradas em risco de extinção.

Um destes idiomas foi extinto na semana passada nas ilhas Andamão e Nicobar, na Índia, com a morte da última falante fluente da antiga língua Bo. A anciã Boa Sr, de 85 anos, era remanescente da tribo Bo, cuja origem tem 65 mil anos, da qual ainda vivem 52 pessoas, anunciou a organização Survival International.

Só na Alemanha, 13 idiomas estão ameaçadas de desaparecimento, entre os quais, o encontrado do norte da Frísia, o sórbio e o iídiche.

RW/dpa/epd

Revisão: Marcio Damasceno