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Mais de um terço das mulheres é obrigada a manter relações sexuais

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Mais de um terço das mulheres do mundo já foi ou é constantemente surrada, abusada ou forçada a manter relações sexuais por um companheiro ou um membro da família, alertou Zou Xiaoqaio, vice-presidente do Comitê para a Eliminação da Discriminação Contra as Mulheres, órgão da ONU.

Zou Xiaoqaio disse que a violência sexual só aumenta no mundo, apesar das campanhas da ONU e de outras organizações para combatê-la.

“Pelo menos uma em cada três mulheres já foi surrada, coagida a fazer sexo ou abusada de alguma outra maneira, geralmente por um companheiro íntimo ou por um membro da família”, indicou Zou, citando dados de um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a População.

“As mulheres continuam sendo estupradas e vítimas de outras formas de violência sexual com impunidade em todo o mundo”, destacou – afirmando que, em alguns países, as acusações de estupro podem ser invalidadas se o agressor aceitar se casar com a vítima.

“Mulheres e meninas continuam sendo vendidas para o sexo em todo o mundo. Duas milhões de meninas entre cinco e 15 anos entram para o mercado sexual a cada ano”, advertiu.

Ainda de acordo com o relatório, entre os 186 países que assinaram a Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, de 1979, são poucos os exemplos de governos que de fato implementaram medidas para ajudar as mulheres de maneira efetiva.

Estados Unidos, Irã e Sudão são os únicos três países que ainda não assinaram a convenção, lembrou Zou.

Fonte: Jornal do Brasil, 12 out 2010

Pesquisa mostra que mulheres são as principais vítimas de violência física no Rio

As mulheres representam 88% das vítimas de violência física no Estado do Rio de Janeiro. Os números fazem parte da nova edição do Dossiê Mulher 2010, divulgado nesta quinta-feira pelo ISP (Instituto de Segurança Pública), com dados colhidos durante o ano passado.

Das vítimas de estupro, 73% eram mulheres, sendo que 49,3% dos estupros registrados revelaram que a vítima conhecia o acusado e em 29% dos casos o estuprador era o próprio pai, um padrasto ou parente das vítimas. O estudo apontou também que 43,9% dos acusados de violência doméstica da amostra estudada já tinham mais de um registro de prática de violência.

As mulheres vítimas de violência corporal dolosa tinham entre 25 e 44 anos de idade (52,8%), já a maioria das vítimas de estupro apresentava idades entre 0 e 17 anos (58,4%); nos crimes de tentativa de homicídio, 44,8% das mulheres vítimas tinham entre 25 e 44 anos; e nos homicídios, 36% das vítimas tinham entre 18 e 34 anos.

Entre 2008 e 2009 houve um aumento de 20,3% nos casos de mulheres ameaçadas e um aumento de 12% nos registros de lesão corporal.

Os casos de ameaça e lesão corporal dolosa contra essas mulheres, segundo o estudo, são mais comuns dentro do ambiente doméstico e cometidos majoritariamente por companheiros ou ex-companheiros (50,2% dos registros de ameaça e 51,9% de lesão corporal). Os acusados também eram companheiros ou ex-companheiros das vítimas em 30,3% dos registros de tentativa de homicídio e em 11,3% dos registros de homicídios dolosos.

Apesar desta realidade, dados recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que em 2009 havia apenas oito abrigos para mulheres vítimas da violência no Estado do Rio.

Em todo o Brasil, apenas 7,1% dos municípios possuem delegacias para mulheres (397), cerca de 5% oferecem casa de abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica (262) e aproximadamente 8% têm defensoria pública própria para atender mulheres vítimas de violência.

Fonte: Folha Online, 20 maio 2010

África do Sul é nação com maior índice de estupros

Foto: Finbarr OReilly/Reuters

Estadão, 17 fev 2010 – Uma voluntária da Simelela, organização que trata da violência sexual, usa uma boneca para ensinar crianças sobre toques inapropriados em uma pré-escola na cidade de Khayelitsha, na África do Sul. O país tem o mais alto índice de estupros no mundo, incluindo de crianças e bebês, com uma estimativa de um estupro a cada 26 segundos, de acordo com grupos de ajuda e organizações locais. Em Khayelitsha, cidade de cerca de 500 mil habitantes, muitas das vítimas são crianças com menos de dez anos. Apenas uma fração dos casos atuais de estupros são reportados e muitos ativistas dizem que os atos de violência sexual alcançaram proporções epidêmicas no país.