Arquivo da categoria: Personalidades

Morre Václav Havel, ex-presidente da República Tcheca

Herói do movimento que derrubou o regime comunista em 1989, Havel, que também era dramaturgo, acompanhou de perto tanto a transição democrática de seu país, quanto a divisão pacífica da então Tchecoslováquia.

[DW, 18 dez 11] O ex-presidente tcheco Václav Havel morreu na manhã deste domingo (18/12) em sua casa de campo no norte da República Tcheca, de acordo com informações de sua assistente Sabina Dancecova. Aos 75 anos, Havel lutava contra vários problemas de saúde, parcialmente causados pelo tempo em que passou detido em prisões do regime comunista e também por ter sido um fumante inveterado.

O dramaturgo dissidente teceu ligações entre o teatro e a política, tendo se tornado um herói do movimento que derrubou, em fins de 1989, o regime comunista da então Tchecoslováquia, 41 anos após seu início. Havel tornou-se o primeiro presidente do país na era pós-comunista. Continue lendo

Elie Wiesel

Elie Wiesel nasceu em 1928 em Sighet, uma pequena aldeia ao norte da Transilvânia, na Romênia, uma área que fez parte da Hungria de 1941 a 1945. Wiesel foi o único filho homem das quatro crianças de Shlomo, um dono de armazém, e sua esposa Sarah (Feig) Wiesel. Ele era dedicado ao estudo de Torá, Talmud e ensinamentos místicos do Chassidismo e Cabalá.

Os nazistas, liderados por Adolf Eichmann, entraram na Hungria na primavera de 1944 com ordens de exterminar uma estimativa de 600.000 judeus em menos de seis semanas. Wiesel tinha 15 anos quando os nazistas o deportaram junto com a família para Auschwitz-Birkenau.

Sua mãe e irmã mais nova morreram nas câmaras de gás na noite de sua chegada a Auschwitz-Birkenau. Ele e o pai foram deportados para Buchenwald, onde seu pai faleceu antes que o campo fosse libertado em 11 de abril de 1945. Somente depois da guerra Wiesel soube que suas duas irmãs mais velhas, Hilda e Bera, também sobreviveram. Continue lendo

4 abr 1968: Martin Luther King é assassinado

No dia 4 de abril de 1968, o Nobel da Paz de 1964, Martin Luther King, morre ao ser baleado em Memphis, nos Estados Unidos.

[DW, 4 abr 11] Em dois atentados anteriores, o reverendo Martin Luther King conseguira escapar por pouco da morte. O negro que tanto se engajou pela igualdade de direitos nos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960 alcançou apenas os 39 anos de idade.

No dia 4 de abril de 1968, foi assassinado com um tiro na sacada de um hotel em Memphis. O autor do disparo teria motivos supostamente racistas. Em dezembro de 1999, no entanto, um processo civil no Estado do Tennessee chegou à conclusão de que sua morte foi planejada por membros da máfia e do governo norte-americano.

Que homem era este que conseguiu dividir uma nação e ser amado e odiado ao mesmo tempo? Para melhor entendê-lo, precisamos nos situar no contexto dos Estados Unidos em plena década de 50: uma superpotência em plena Guerra Fria, uma nação rica, um país racista.

O país que se considerava modelo de democracia e liberdade, mas seus habitantes eram classificados de acordo com a raça. Os negros eram discriminados em todos os setores: na política, na economia e no aspecto social. Continue lendo

Dom Oscar Romero: Mártir da Igreja e ícone da luta por justiça

[Mônica Bussinger, Adital, 22 mar 2010] Os 30 anos do assassinato do bispo de San Salvador são lembrados como sinais de esperança na América Latina e no mundo.

Um atirador de elite do Exército salvadorenho invade a capela do Hospital da Divina Providência (o Hospitalito, instituição que ainda cuida de pacientes com câncer) e com um tiro certeiro interrompe a celebração da Eucaristia. Dom Oscar Arnulfo Romero, bispo de San Salvador, tomba executado pelas forças de Direita que ainda dominavam o país, como ocorria em toda a América Latina. Era 24 de março de 1980, tempo de quaresma.

O mundo se volta para El Salvador e o sangue do sacerdote suscita sentimentos de indignação e revolta à opressão vivida pelo povo salvadorenho. Tem início a guerra civil que duraria até 1992. O bispo que repetiu o gesto de Cristo, morrendo pelo seu povo e pela coerência com o Evangelho, ao contrário do que planejaram seus opositores, não deixa o embate político em prol da população (especialmente dos camponeses). O momento histórico testemunha a profecia do próprio dom Oscar Romero ao afirmar: “Se me matam, ressuscitarei na luta do povo salvadorenho”. O bispo de San Salvador torna-se então mártir da Igreja e ícone da luta pela justiça em seu país e em toda aquela região.

Os 30 anos do assassinato de dom Oscar Romero, comemorados em 24 de março de 2010, denunciam ainda a impunidade que campeia na história da América Latina. O mandante do crime, o major Roberto D’Aubuisson, fundador do partido Aliança Republicana Nacionalista (ARENA, de direita), que governou o país entre 1989 e 2009, morre em 1992, sem sequer responder a processo. Continue lendo

Centenário de morte de Leon Tolstói, mestre de Gandhi

[Texto de Leonardo Boff, publicado no Envolverde, 29 nov 2010]

Ocupando lugar central da sala de estar de minha casa há impressionante quadro de um pintor polonês mostrando Tolstói (1828-1910) sendo abraçado pelo Cristo coroado de espinhos. Ele está vestido como um camponês russo e parece extuado como a simbolizar a humanidade inteira chegando finalmente ao abraço infinito da paz depois de milhões de anos ascendendo penosamente o caminho da evolução. Foi um presente que recebi do então Presidente da Assembléia da ONU Miguel d’Escoto Brockmann, grande devoto do pai do pacifismo moderno. No dia 20 de novembro celebrou-se o centenário de sua morte em 1910. Ele merece ser recordado não só como um dos maiores escritores da humanidade com seus romances Guerra e Paz (1868) e Anna Karenina (1875) entre outros tantos, perfazendo 90 volumes, mas principalmente como um dos espíritos mais comprometidos com os pobres e com a paz, considerado o pai do pacifismo moderno.

Para nós teólogos conta especialmente o livro O Reino de Deus está em vós escrito depois de terrível crise espiritual quando tinha 50 anos (1978). Frequentou filósofos, teólogos e sábios e ninguém o satisfez. Foi então que mergulhou no mundo dos pobres. Foi aí que redescobriu a fé viva “aquela que lhes dava possibilidade de viver”. Tolstói considerava esta obra a mais importante de tudo o que escreveu. Seus famosos romances tinha-os, como confessa no Diário de 28/20/1895, “conversa fiada de feirantes para atrair frequeses com o objetivo de lhes vender depois outra coisa bem diferente”. Levou três anos para terminá-la (1890-1893). Saiu no Brasil pela Editora Rosa dos Tempos (hoje Record) em 1994, com bela introdução de Frei Clodovis Boff, mas infelizmente esgotada. Continue lendo

Jürgen Habermas

Por Thomas Assheuer, na Revista “Deutschland”, 09.07.09

Nenhum filósofo alemão da atualidade desperta tanta atenção mundial como Jürgen Habermas. Um perfil, por ocasião do seu 80º aniversário

No final da década de 1970, os livros de Jürgen Habermas eram lidos sob a carteira escolar, às escondidas dos professores do colégio. Hoje, os textos de Habermas são leitura obrigatória. Quem não conhece seus conceitos principais, deve esconder o desconhecimento, pois seu autor tornou-se um clássico ainda em vida e tão famoso, quanto pode ser um professor de Filosofia. Isto não é um bom sinal, pois para um clássico vale a regra: suas fórmulas são con­hecidas. Mas seu motivo filosófico, no qual pulsa o coração do pensamento – isto, a gente esquece.

A motivação básica do pensamento de Jürgen Habermas está às claras e, ainda assim, é difícil de ser encontrada pelos leitores. Às vezes se oculta por trás do terno cinzento da objetividade acadêmica, outras vezes desaparece sob um monte de justificações. Mas desde o início, já nos primeiros trabalhos de estudante, ela não pode passar despercebida. De forma muito simplificada, a motivação é a seguinte: quem faz uma retrospectiva da história da humanidade, descobre uma ladainha de terror, uma história chocante de violência atrás de violência. E, no entanto, há um progresso que não se pode negar, apesar de todos os reveses, uma “evolução” social e, com isto, a possibilidade de civilizar o poder e a violência ou talvez de eliminá-la inteiramente um dia. O instrumento da autocivilização é a língua humana, pois cada fala encerra um objetivo, o “télos da compreensão”. A comunicação interrompe o estado de guerra no mundo.

Quem pressupõe uma vigorosa herança idealista neste pensamento, tem razão inicialmente. Habermas, na época um estudante com pouco mais de vinte anos, confrontou-se com pensamentos grandiosos, mas extremamente especulativos, ao ler o filósofo idealista Schelling, que o fascina ainda hoje. “Deus Pai”, escreveu Schelling, retirou-se da criação, deixando o campo para o ser humano. No entanto, as criaturas beneficiadas com a liberdade têm a obrigação de fazer o uso correto da sua liberdade. Com a ajuda de sua língua, elas têm que estabelecer entre si a mesma relação de reconhecimento, que Deus teve em relação a elas, quando lhes concedeu a autonomia. Quem viola este pacto com Deus, comete novamente um “pecado original”.

Habermas, que veio do mundo de pensamento do filósofo existencial Heidegger e do antropólogo Gehlen, escreveu sua tese de doutoramento sobre Schelling e deu um rumo surpreendente à sua interpretação. Ele estabeleceu uma ligação com os primeiros escritos de Marx, cuja crítica social lhe deu a possibilidade de compreender o discurso de Schelling sobre o pecado original, de forma bem concreta, bem materialista. Um pecado original é quando as relações de poder vencem as relações da língua – quando os “libertados da criação” não escolhem a compreensão, mas sim a violência, como frequentemente na história.

Mas os filósofos não são literatos, isto é, eles têm de dar uma austeridade básica aos temas, com os quais estão “infectados”, expurgando os detritos especulativos e tornando-os compreensível ao público esclarecido, através de conceitos claros. Exatamente isto é o que Jürgen Habermas tomou como programa. Com o frio instrumento da ciência, ele quis provar que a língua não é apenas uma arma na guerra civil babilônica da sociedade, uma máscara do poder. Sua antifórmula é a seguinte: que observa bastante o tecido da língua contra a luz, quem examina o bastante as suas leis, ele reconhecerá que nela está incluída uma normatividade, uma aspiração à verdade, que podemos transgredir, mas não podemos eliminar basicamente. Com palavras, pode-se mentir e exercer o poder, mas não pode existir uma língua que esteja intei­ramente baseada em mentira e engodo. “Mesmo nas comunicações patologicamente deturpadas está fin­cado o ferrão da aspiração pela verdade”.

Não é preciso pensar muito para ver que poder explosivo uma filosofia da comunicação, derivada de Schelling, enriquecida com Marx e temperada com os recursos da linguística, desenvolveu entre os intelectuais famintos de teoria dos anos sessenta. Eles interpretaram Habermas exatamente como ele pensava: como conclamação a uma democracia radical e à crítica radical. A democracia está danificada, onde a “opinião pública” é dominada por monopólios de opinião, manipulada por lobistas e malversada por políticos. E defeituosas são as democracias que se entregam cegamente ao curso do progresso, sem livre arbítrio, que têm “ciência e técnica como ideologia” (segundo um estudo do ano de 1968).

Na época, falou-se muito de “liberdade do poder”. Em seus escritos, Habermas quis reconhecer até mesmo um “interesse objetivo” de emancipação. Hoje, ao contrário, chama a atenção um outro caráter desses livros, um conservadorismo cultural, dito com cuidado, uma profunda ambiva­lência. De um lado, Habermas admira as sociedades modernas, pois elas – fato histórico singular – impuseram processos democráticos e ampliaram a “área de ação” discursiva da razão comunicativa. Mas, por outro lado, as sociedades modernas têm de ser temidas, pois seus sistemas funcionais desenvolvem um excesso de poder. As pressões capitalistas do mercado chocam com a autodeterminação democrática.

Os fios desses pensamentos juntam-se num nó monumental, nos dois tomos da “Teoria da Ação Comunicativa” (1981). Esta obra central foi celebrada, com razão, como despedida do pensamento pessimista da “velha” Escola de Frankfurt, mas nela encontra-se a mesma contradição. O dinamismo sufocante do capitalismo e também a técnica e a ciência empurram a sociedade para frente. Mas, ao mesmo tempo, parte destes “sistemas” complexos uma ameaça invisível. Eles assediam o “mundo da vida” – necessitado de zelo – dos cidadãos. Seus cálculos de proveito infiltram as velhas “tradições inconscientes-cientes” e fixam-se na esfera pré- polí­tica, na vida privada e na família. Em re­sumo: a vida moderna encerra uma contradição. Seus sistemas aliviam da miséria material, mas ao mesmo tempo, quase não podem ser conciliados com o dia-a-dia ou invadem como “senhores coloniais” os “poros” de formas consagradas de vida, infiltrando-as através da comercialização, da burocratização e do cientificismo.

Transposto às relações de hoje, isto significa: uma forma de “colonização” econômica está inerente à reivindicação de que a sociedade tem de ser organizada como um centro de lucro, do berço ao túmulo. O mesmo é válido para a brutal transformação das universidades, visando “eficiência”. E se as ciências biológicas lograrem manipular geneticamente os “antigos sujeitos” e fizer com que perfilem como bonequinhos de Lego no parque humano, então isto seria uma vitória da lógica cien­tífica sobre o mundo da vida.

Sua obra contém uma promessa luminosa de liberdade

Talvez seja esta visão rota da atualidade, turvada pelo ceticismo, o que esclarece a carreira acadêmica e o alcance mundial de Jürgen Habermas. Sem reservas, ele adere ao espírito do modernismo, sua obra contém uma promessa luminosa de liberdade e defende o Estado de direito e a demo­cracia com eloquência patética. Ao mesmo tempo, nutre-se de uma motivação romântica, composta pela reconciliação e a compreensão. Assim, a obra permanece sensível às coações de uma salvação mundial voltada para o mercado, a uma racionalidade sem fortúnio, ao desalento da liberdade vazia e do progresso insensato.

A fórmula salvadora de Habermas nos anos oitenta era: “reconciliação com o modernismo em autodestruição”, pelo que o capitalismo e a democracia, a ciência e a arte deveriam ser reequilibrados, como um móbile. Para a esquerda radical, o projeto era muito carola, os conservadores perseguiam o convicto intelectual de esquerda com franco ódio e denunciavam Habermas como mentor intelectual do terrorismo. Estas foram as batalhas do passado. Quem lê hoje, com que arrojo argumentativo um conservador como Ernst-Wolfgang Böckenförde ajusta as contas com neoliberalismo, com a hegemonia do mercado sobre a democracia legal, não sabe mais exatamente sobre o que se polemizou durante anos, de maneira passional e ofensiva. É como se Habermas tivesse unido a república através da discussão que ele gerou, sendo que tanto seus próprios argumentos, como os dos seus adversários, transformaram-se com o tempo. Ele marcou época na consciência coletiva, nenhum outro marcou a fisionomia intelectual da Alemanha Federal como ele. E ela lhe deve de maneira decisiva a sua recriação moral.

Jürgen Habermas: Biografia

Jürgen Habermas nasceu em Düsseldorf em 18 de junho de 1929, estudou Filosofia, Psicologia, Germanística e Eco­nomia em Göttingen, Zurique e Bonn. Em 1956, Habermas tornou-se assistente de pesquisa no Instituto de Pesquisa Social em Frankfurt do Meno. Após sua habilitação como professor universitário, feita com Wolfgang Abendroth em Marburg, ele foi levado para Heidelberg por Hans-Georg Gadamer. Em 1964, Habermas tornou-se professor de Filosofia e de Sociologia em Frankfurt do Meno. Logo, os estudantes de esquerda passaram a celebrar o astro acadê­mico como seu mentor intelectual. Entre 1971 e 1980, ele foi diretor do Instituto Max Planck de Pesquisa das Condições de Vida no Mundo Científico-Técnico, em Starnberg. Em 1980, seu discurso ao receber o Prêmio Theodor W. Adorno, sobre “O Projeto Inacabado do Modernismo”, Habermas provocou um debate sobre o pós-modernismo e o pós-estruturalismo, que durou muito tempo. Sua intervenção contra o revisionismo histórico do historiador Ernst Nolte, em 1985, deflagrou a polêmica dos historiadores, uma controvérsia sobre a forma de tratar o passado alemão.

Dra Zilda Arns

Por Ariovaldo Ramos

Fonte: globo.com – blog de Jorge Antonio Barros

Lembro-me, idos do início dessa década, em frente da Universidade Metodista de Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, SP, num pequeno e singelo restaurante, conversava com a dra Zilda Arns, sobre uma palestra que daríamos, na Metodista, sobre segurança alimentar. Éramos membros do CONSEA – Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, da Presidência da República.

Lembro-me da presença e da força da Dra Zilda, no CONSEA, sua vigilância para que a questão fosse tratada com a objetividade necessária, em benefício dos despossuídos.

Lembro-me de como seu interesse era abrangente, não apenas as crianças, alvo de sua organização, mas de todo o leque de necessitados. Sua preocupação com a população indígena, por exemplo, era notória. População que, até hoje, padece de insegurança alimentar.

Lembro-me de sua capacidade de acionar os responsáveis. Bastava um telefonema e o responsável era acionado, fosse Ministro de Estado, fosse o que fosse. Gente, que, muitas vezes, debalde, tentávamos alcançar, a Dra Zilda colocava em linha na primeira chamada.

Lembro-me quando a Visão Mundial, ONG, que, então, eu presidia, decidiu criar o programa de ataque à subnutrição, e, depois de muita pesquisa, concluiu que o método da Pastoral da Criança, liderada por Dra Zilda, era o melhor que se podia utilizar, e passamos a aprender e a replicar o que faziam com eficácia.

Lembro-me que a seriedade da Dra Zilda com a sua fé, não a fez segregar quem quer que fosse, que desejasse somar na causa da proteção a criança e na luta contra a desnutrição. Na conversa, no restaurante, Dra Zilda me dizia que um dos cooperadores locais da Pastoral era membro de denominação protestante. Que a Pastoral vivia um ecumenismo, na prática.

Lembro-me dos enfrentamentos levados a efeito por ela. De como sua opinião era respeitada. De como ela conseguia influenciar o pleno do CONSEA, fazendo-nos lembrar do porquê estávamos ali.

Lembro-me de quando esperava que ela fosse laureada com o Nobel da Paz, e da frustração por ela não o ter sido. Bem… Depois do prêmio para o atual Presidente do EUA, fica a dúvida sobre o significado da homenagem.

Dra Zilda Arns… Como é triste falar dessa brasileira, excelente e por excelência, no passado! Lembro-me da Dra Zilda… E sempre me lembrarei!

Dietrich Bonhoeffer (1906-1945)

BonhoefferDietrich Bonhoeffer foi um teólogo, pastor luterano, mártir, membro da resistência alemã anti-nazista e membro fundador da Igreja Confessante, ala da igreja evangélica contrária à política nazista.

Nasceu em Breslau, Alemanha, em 4 de Fevereiro 1906, filho de um psiquiatra de classe média alta. Quando jovem decidiu-se seguir a carreira pastoral na Igreja Luterana. Doutorou-se em teologia na Universidade de Berlim e fez um ano de estudos no Union Theological Seminary, em Nova York.

Nos anos de 1929 a 1930 trabalhou como assistente pastoral em uma congregação evangélica na Espanha. Durante esta época viajou por alguns países de língua latina como México e Cuba. Retornou a Alemanha em 1931 e foi ordenado pastor. Continue lendo