Arquivo da categoria: Economia

Unicef: países ricos têm 30 milhões de crianças pobres

Segundo relatório divulgado hoje, somente na Europa há 13 milhões de crianças pobres.

[Renata Giraldi, Agência Brasil, 29 mai 12] Os 35 países mais ricos do mundo concentram 30 milhões de crianças pobres – 15% da população infantil assistida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo relatório divulgado hoje, somente na Europa há 13 milhões de crianças pobres.

Para os especialistas, o relatório do Unicef é um alerta aos líderes dos países ricos. O estudo foi feito nos 27 países da União Europeia, além da Noruega, da Islândia, da Austrália, do Canadá, dos Estados Unidos, do Japão, da Nova Zelândia e da Suíça. As democracias escandinavas têm somente 3% de crianças pobres. Continue lendo

Fora do radar do governo, País tem 700 mil famílias em ‘extrema pobreza’

Pente-fino promovido pelo ministério mostra que estatísticas oficiais ignoravam legião de miseráveis, que ficaram descobertas até pelos programas sociais incrementados na gestão do ex-presidente Lula.

[Roldão Arruda, O Estado de SP, 27 mai 12] Um ano atrás, o governo federal pôs em andamento uma operação para localizar os chamados miseráveis invisíveis do Brasil – aquelas famílias que, embora extremamente pobres, não estão sob o abrigo de programas sociais e de transferência de renda, como o Bolsa Família. Na época, baseado em dados do IBGE, o Ministério do Desenvolvimento Social estabeleceu como meta encontrar e cadastrar 800 mil famílias até 2013. Na semana passada, porém, chegou à mesa da ministra Tereza Campello, em Brasília, um número bem acima do esperado: só no primeiro ano de busca foram localizadas 700 mil famílias em situação de extrema pobreza e invisíveis. Continue lendo

África vive situação paradoxal de crescimento econômico e de fome, afirma Pnud

“Em um mundo com excedente de alimentos, a fome e a má nutrição continuam onipresentes em um continente com grandes recursos agrícolas”

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) alertou hoje (15) para a situação paradoxal existente na África, pois parte do continente registra crescimento econômico superior à média mundial, mas também apresenta a maior insegurança alimentar do planeta.

[Renata Giraldi, Agência Brasil, 15 mai 12] A administradora do Pnud para a África, Helen Clark, disse que é fundamental implementar políticas mais inclusivas e focadas em segurança alimentar. Continue lendo

Energia eólica deve superar a gerada por usinas nucleares no mundo até 2020

O avanço do vento no mundo é irresistível. Limpa e barata, a eletricidade de origem eólica já equivale à produzida por 280 reatores e em breve passará à frente da energia nuclear no mundo.

[Gero Rueter, DW, 30 abr 12] A importância da energia eólica cresce rapidamente em todo o mundo. Na Espanha e na Dinamarca, o vento é a fonte de 20% da eletricidade. Na Alemanha, essa percentagem é de 10% e, segundo os prognósticos, até 2020, será de 20% a 25%.

Segundo a Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA, na sigla em inglês), no ano passado foram construídas novas centrais eólicas perfazendo 40 gigawatts (GW) de energia produzida. Com isso, o total da energia ambientalmente correta em todo o mundo chegou a 237 GW no final de 2011, o equivalente ao desempenho de 280 reatores termonucleares. Continue lendo

Mapa com os pontos de tensão para os povos indígenas na América Latina

Há, atualmente, centenas de conflitos em curso na América Latina que opõem povos indígenas a empresas, políticos e governos locais.

[BBC Brasil, 23 abr 12]Para especialistas, esses confrontos têm ganhado força à medida que pouca ou quase nenhuma garantia é oferecida a essas comunidades de que seus direitos e territórios serão preservados face à expansão urbana. Muitos deles envolvem a construção de obras de infraestrutura e a exploração de recursos naturais.

Confira alguns desses conflitos ainda em andamento na região: Continue lendo

Divulgado o ‘Atlas do Trabalho Escravo no Brasil’

A organização Amigos da Terra – Amazônia Brasileira apresentou nesta segunda-feira, 16 abr 12, o Atlas do Trabalho Escravo no Brasil, um documento repleto de mapas, análises e tabelas que podem ajudar na compreensão da dimensão do problema no Brasil. As informações foram reunidas e organizadas pelos geógrafos da Universidade de São Paulo Hervé Théry, Neli Aparecida de Mello, Julio Hato e Eduardo Paulon Girardi, com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Entre os destaques do Atlas, está a apresentação de dois índices para análise, um relativo à probabilidade de ocorrência de trabalho escravo e um a de vulnerabilidade ao aliciamento. Os autores se basearam em diferentes bancos de dados para a produção dos mapas,  incluindo informações sobre libertações de trabalhadores em condições análogas às de escravos, levantamentos da Comissão Pastoral da Terra, e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre outros.

Clique aqui para baixar o estudo (arquivo em PDF com 33 MB).

Paralisia global ~ por Rubens Ricupero

Todos os problemas globais estão parados: a reforma financeira, a mudança climática, o comércio mundial. Enquanto a Europa se afunda, não há consenso sobre as causas da crise financeira ou as reformas para evitar-lhe a repetição. Impotente, o G20 resvala para a irrelevância das instituições que deveria substituir.

[FSP, 16 abr 12] O aquecimento global e as negociações comerciais padecem de mal igual: ausência de consenso, falta de vontade política, paralisia do processo negociador. O que está acontecendo? Todo poder tende a gerar uma determinada ordem. Estaríamos, como comentava Celso Lafer anos atrás, ante situação de desconexão entre o poder existente e a ordem desejada? Continue lendo

Urbanistas da Índia querem importar ‘jeitinho brasileiro’ para favelas de Mumbai

Um grupo de arquitetos da Índia quer levar algumas lições aprendidas nas favelas brasileiras para Mumbai para melhorar as condições de moradia em regiões pobres da cidade indiana.

[BBC Brasil, 3 abr 12] Arquitetos e urbanistas do Institute of Urbanology – uma fundação dedicada à pesquisa e difusão de ideias de urbanismo, com sede em Mumbai – acreditam que várias iniciativas do governo indiano de reconstruir conjuntos habitacionais acabaram produzindo apenas corrupção, prédios decrépitos e vizinhanças miseráveis.

Em alguns casos, as condições de vida dos moradores nos novos blocos até mesmo piorou quando eles trocaram seus casebres nas favelas por esses novos apartamentos. Continue lendo

Governos da América Latina e do Caribe reforçam compromissos para erradicar a pobreza e a fome no continente

“A principal causa da fome não é a falta de alimentos. É a pobreza.”

[Renata Giraldi, Agência Brasil, 31 mar 12] Brasília – O combate à fome no mundo está associado à adoção de políticas públicas de estímulo à segurança alimentar e nutricional, ao incentivo à agricultura familiar, às condições de acesso aos alimentos e a mudanças nos padrões alimentares. Também são esperadas medidas de geração de emprego e renda sob a ótica do desenvolvimento sustentável.

“A principal causa da fome não é a falta de alimentos. É a pobreza. Políticas simples podem ser adotadas na busca da solução desse problema, como a proteção e o incentivo à agricultura familiar”, disse à Agência Brasil a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Maya Takagi. Continue lendo

Mundo precisa de agricultura inteligente para conseguir alimentar população, diz relatório

Relatório divulgado pela Comissão de Agricultura Sustentável e Mudança Climática, formada por cientistas de diferentes países, afirma que são necessárias grandes mudanças na agricultura e no consumo de alimentos no mundo todo para que gerações futuras consigam se alimentar.

[Richard Black, BBC Brasil, 29 mar 2012] A Comissão de Agricultura Sustentável e Mudança Climática passou mais de um ano avaliando dados enviados por cientistas e responsáveis pela elaboração de políticas alimentares.

De acordo com o documento publicado pela comissão, o setor agrícola precisa intensificar a sustentabilidade, diminuir o desperdício e reduzir as emissões de gases de efeito estufa das fazendas. Continue lendo

Comércio mundial de armas cresceu 24% nos últimos 5 anos, aponta estudo

O comércio internacional de armas aumentou substancialmente nos últimos cinco anos, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês).

[BBC Brasil, 19 mar 12] De acordo com o levantamento, o comércio de armas aumentou 24% entre 2007 e 2011, sobretudo por conta da militarização empreendida pelos países asiáticos.

Os Estados Unidos permanecem como o maior exportador mundial, seguido de Rússia, Alemanha, França e Grã-Bretanha.

A Índia se tornou o maior importador de armas do mundo, seguida de Coreia do Sul, Paquistão, China e Cingapura. Continue lendo

Mais democracia, menos mercado ~ Jürgen Habermas

Hoje, a Europa tem que acertar as contas não tanto com povos ilusoriamente homogêneos, mas sim com Estados-nação concretos, com uma pluralidade de línguas e de esferas públicas.

[La Repubblica/IHU, 15 mar 12] No processo de integração europeia, dois planos devem ser diferenciados. A integração dos Estados enfrenta o problema de como repartir competências entre a União Europeia, de um lado, e os outros Estados membros, de outro. Essa integração, portanto, diz respeito à ampliação de poderes das instituições europeias.

Ao contrário, a integração dos cidadãos diz respeito à qualidade democrática desse crescente poder, ou seja, a medida em que os cidadãos podem participar na decisão dos problemas da Europa. Pela primeira vez desde a instituição do Parlamento europeu, o chamado fiscal compact que está sendo aprovado nestas semanas (para uma parte da União) serve para fazer crescer a integração estatal sem um correspondente crescimento da integração cívica dos cidadãos. (…) Continue lendo