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Em 2010, a internet mostrou sua face bélica

[Matthias von Hein, DW, 21 dez 2010]

Tecnologias de comunicação e informática cada vez mais avançadas impulsionam continuamente a revolução da informação. Mas ela também tem uma face militar, que ficou bem visível para o mundo neste ano de 2010.

Se há um nome que define o atual processo de militarização do espaço cibernético, esse nome é Stuxnet. Em meados de 2010, este malware apareceu de repente, provavelmente depois que já tinha feito o seu trabalho, que era sabotar o programa nuclear do Irã e, mais especificamente, o complicado processo de enriquecimento de urânio.

O que deixou os especialistas de informática boquiabertos foi o fato de o Stuxnet ter sido projetado especialmente para a manipulação de sistemas de controle industrial. Seus criadores, que continuam desconhecidos, também conseguiram equipar o verme cibernético com poderosas ferramentas para infecção de redes com alto poder de proteção.

Stuxnet – o “míssil de cruzeiro digital”

Agora, todos os prognósticos sobre possíveis ameaças devem ser reconsiderados, já que os sistemas de controle industrial atacados pelo Stuxnet são utilizados em todo o mundo, em instalações como usinas, indústrias químicas e refinarias.

O especialista em segurança de dados Stefan Ritter, do Departamento Federal de Segurança em Tecnologia de Informação da Alemanha, localizado em Bonn, se diz preocupado, porque o Stuxnet comprova a viabilidade de ataques a infraestruturas críticas. “Não se trata mais de uma ameaça fictícia. É uma ameaça real de grande porte e extremamente sofisticada”, avalia. Continue lendo

Computador como arma: cresce a ameaça mundial de ciberguerra

Após o ataque às redes nacionais da Estônia e o surgimento do sofisticado verme Stuxnet, a ciberguerra deixou de ser ficção. Até mesmo a Otan está debatendo a ameaça que vem do mundo virtual.

Até o momento, a vítima mais famosa da guerra cibernética na Europa é a Estônia. O país báltico tornou-se modelo no emprego da informática ao expandir durante anos suas redes de banda larga e convencer seus cidadãos das vantagens da administração eletrônica, tornando quase supérfluo o uso de papel.

Até que, em 2007, investidas direcionadas de hackers tiraram do ar os sites do governo, de partidos e da mídia. O sistema online do maior instituto financeiro estoniano entrou em colapso, hospitais e operadoras de energia só se mantiveram funcionando em regime de emergência.

Nem mesmo redes de alta segurança puderam impedir que dados contaminados com vírus, vermes e outros tipos de programas maliciosos derrubassem a infraestrutura de TI de quase todo um país. O mundo ficou chocado. Porém o que veio a seguir demonstrou que isso era só o início. Continue lendo