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Exposições mostram a imagem da pobreza ao longo da História

Obra de Pieter Brueghel em exposição: a pobreza do século 17

[DW, 5 jul 11] A pobreza faz parte de todas as sociedades, mas a maneira como os pobres são tratados mudou ao longo dos tempos. Esse é o ponto central de duas exposições em Trier, na Alemanha.

A questão da pobreza é tão polêmica hoje quanto há milhares de anos, mas o que mudou foi o ponto de vista sobre o assunto. Numa grande exposição, o Museu da Cidade de Trier (Stadtmuseum Simeonstift Trier) e o Museu Estadual Renano de Trier (Rheinische Landesmuseum Trier) mostram como o tratamento dado à pobreza se modificou ao longo dos últimos 3.000 anos na Europa.

Pobres como caricaturas

O Rheinische Landesmuseum se dedica ao tema da pobreza na Antiguidade. Achados arqueológicos da Grécia e do Egito e do Império Romano documentam que, na época, a pobreza era considerada algo abominável e culpa própria, e era também motivo de escárnio.

Segundo o guia da exposição, Frank Unruh, os “pobres eram representados como anões engraçados, que brincavam com macacos do mesmo tamanho que eles; ou eram mostrados como pessoas com deficiências físicas que não correspondiam ao ideal saudável e, portanto, acabavam nas ruas”.

Cidadãos ricos encomendavam tais figuras em bronze para tê-las como objetos de decoração em seu entorno. “A esse respeito, é difícil imaginar uma sociedade ainda mais repugnante”, resumiu o arqueólogo. Continue lendo

Exposição em Roma tenta reabilitar imagem de Nero

[BBC Brasil, 15 abr 11] Uma exposição na área arqueológica de Roma antiga celebra o imperador Nero, conhecido como um tirano cruel e louco incendiário, em uma tentativa de revelar seu perfil de urbanista inovador, homem culto e artista sensível.

A exposição se espalha pela principal área arqueológica de Roma, entre o Coliseu e o Fórum Romano, onde o imperador, famoso também por perseguir os primeiros cristãos, viveu e reinou.

Lucio Domizio Enobarbo tornou-se imperador com o nome de Nero Claudius Caesar aos 17 anos de idade em de 54 dC.

Na descrição do historiador Svetonio, por exemplo, Nero aparece como figura excêntrica:

“Estatura quase normal, corpo cheio de sardas e mal cheiroso. Cabelos louros, rosto bonito, mas sem graça. Olhos azuis, mas fracos, pescoço largo, ventre grande, pernas magras e saúde ótima. Não se vestia muito bem e aparecia em público com roupas íntimas, um lenço amarrado no pescoço, sem cinto e descalço”.

Personagem complexo e contraditório, Nero teria reinado de forma exemplar no começo, para depois se transformar num dos personagens mais cruéis, narcisistas e megalomaníacos da História.

“Se Nero tivesse morrido nos primeiros anos de reino, não seria recordado como o “veneno do mundo”, apelido que lhe foi dado pelo historiador Plínio, o Velho” disse o historiador Andrea Giardina ao apresentar a mostra, que vai até dia 18 de setembro.

Contra as elites

A imagem negativa que atravessou a História, se deve, segundo dados apresentados na mostra, a medidas que Nero teria tomado e que teriam descontentado as elites romanas da época. Continue lendo