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Um quarto dos alemães aceita implantar chip no corpo

Pesquisa feita pela Associação Alemã das Empresas de Informação, Telecomunicação e Novas Mídias (Bitkom) revela que 23% dos moradores do país topam ter um microchip inserido no próprio corpo, contanto que isso traga benefícios concretos a eles.

O levantamento, realizado com cerca de mil pessoas de várias cidades, foi divulgado na feira de tecnologia Cebit, que vai até o próximo sábado (7), em Hannover.

A pesquisa tem como objetivo mostrar que a divisão entre vida real e vida digital é cada vez mais estreita. O tema da Cebit neste ano é “Connected Worlds” (mundos conectados).

“Esse é um grande exemplo de quão longe as pessoas querem que as redes cheguem”, disse o presidente da Bitkom, August-Wilhelm Scheer.

Pesquisa semelhante feita no final de 2006, na Inglaterra, mostrava que um em cada vinte adultos se dizia disposto a usar um microchip no corpo para evitar o uso de cartões de crédito ou dinheiro vivo nas compras.

O estudo, promovido pelo Instituto Britânico para o Estudo do Setor da Alimentação (IGD), mostrava ainda que a proporção aumentava para um em dez quando o público entrevistado era composto por adolescentes.

Fonte: Diógenes Muniz, Folha SP, 3 mar 2010

Los alemanes desconfían de la Iglesia Católica

Después de los numerosos escándalos de abusos sexuales en el seno de la Iglesia Católica alemana, ésta ha perdido credibilidad ante la población, según una encuesta que arroja datos alarmantes.

Ni siquiera una tercera parte de los alemanes considera a la Iglesia una institución honesta, según una encuesta realizada por el instituto de Demoscopia Omni Quest, realizada entre un millar de personas y publicada por el diario Kölner Stadt-Anzeiger.

“Las cifras son alarmantes y no sólo son reflejo de la actual situación sino también son el resultado de una pérdida de credibilidad de largo plazo”, afirma Christian Weisner, co-iniciador del movimiento Somos Iglesia. Llama la atención a observadores que menos de la mitad de la población considerada católica, cree que su Iglesia es honesta y cercana a la gente.

“La Iglesia ignora a la gente en sus problemas cotidianos, pide por ejemplo, oraciones para las familias, pero se olvida de mencionar a aquellos que son padres o madres solteras o incluso a los solteros mismos”, afirma Weisner. Un 73,3 por ciento de los encuestados considera que la vida de los sacerdotes en celibato y los abusos sexuales a jóvenes están relacionados.

Tras los recientes escándalos de abusos sexuales por parte de sacerdotes católicos, el Partido Demócrata Liberal (FDP) exhortó a la Iglesia Católica a crear un fondo para compensar económicamente a las víctimas. (dapd, kna)

Edición: Eva Usi

DW Español, 27 fev 2010

Líder protestante alemã renuncia após escândalo de embriaguez ao volante

DW, 24 fev 2010

Depois ter sido flagrada dirigindo embriagada, Margot Kässmann, líder da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD), renunciou ao posto nesta quarta-feira (24/02). Apesar de ter recebido o apoio do Conselho da Igreja, a bispa não resistiu à repercussão do caso.

No último sábado (20/02), o veículo de Kässmann foi parado por policiais em Hannover depois de avançar o sinal vermelho. Levada à delegacia da cidade, a bispa foi submetida a um exame de sangue que detectou 1,54 grama de álcool por litro de sangue – o triplo da quantidade permitida, 0,5 grama.

Segundo promotores que acompanham o caso, Kässmann se encontrava “completamente inapta para dirigir”. Pelo delito, ela deve perder a carteira de motorista por um ano, além de ter que pagar multa pesada. Depois de o caso se tornar público, a líder religiosa admitiu ser consciente dos riscos de dirigir alcoolizada.

“Estou chocada comigo mesma por ter cometido um erro tão grave”, declarou posteriormente jornal alemão Bild, acrescentando que aceitaria as consequências legais da transgressão.

Apoio da Igreja

Depois de ter manifestado apoio à bispa, Günther Beckstein, vice-presidente do Conselho da EKD, lamentou a renúncia de Kässmann. “A decisão é dela, e eu a respeito”. E acrescentou: “Mas por mim ela poderia ficar”.

Segundo manifestou a liderança da Igreja Evangélica, a bispa recebeu o voto de confiança dos colegas porque, segundo os preceitos religiosos, todos os seres humanos são passíveis de erro, mesmo os que exerçem uma função na Igreja.

Com a renúncia de Kässmann, o Conselho da Igreja Evangélica deve escolher em breve um novo líder. Há chances de que isso ocorra em outubro, quando acontece a próxima reunião do sínodo.

Liderança marcante

Margot Kässmann, 51 anos, era bispa em Hannover e presidente do conselho nacional da Igreja Evangélica, que tem cerca de 25 milhões de seguidores na Alemanha.

Kässmann se tornou a bispa mais jovem da Alemanha ao ser nomeada aos 41 anos, em 1999. Em outubro do ano passado chegou ao topo da Igreja Evangélica alemã e fez história ao ser a primeira mulher a ocupar o posto – mandato que duraria seis anos.

Ela também ganhou notoriedade em 2007 ao se separar do marido, o qual também fazia parte da liderança da Igreja. Kässmann tem quatro filhos e já publicou 30 livros.

NP/edp/ap/dpa/afp
Revisão: Augusto Valente

Universidades alemãs devem formar religiosos islâmicos

DW, Alemanha, 1/fev/2010

O mais importante grêmio consultivo político-científico da Alemanha recomenda a criação de cursos de formação de professores de religião islâmica e imãs nas universidades do país. Governo federal apoia a ideia.

As universidades da Alemanha deverão passar a formar professores de religião islâmica e sacerdotes muçulmanos, recomenda o Conselho Científico, o mais importante grêmio consultivo político-científico do país. O órgão recomenda que o governo federal e os estados alemães criem dois a três departamentos universitários que ofereçam Estudos Islâmicos como carreira. A ministra alemã da Educação, Annette Schavan, congratulou-se “explicitamente” pela sugestão.

De acordo com o diário Süddeutsche Zeitung, o conselho favorece a proliferação de departamentos de Estudos Islâmicos em universidades estatais. O grêmio discutiu o tema de quarta-feira a sexta-feira em Berlim e apresentou nesta segunda-feira (01/02) sugestões para o desenvolvimento estudos teológicos em instituições alemãs de ensino superior.

Sem tradição

Até hoje, os estudos islâmicos não têm tradição em universidades alemãs, realidade que não condiz com a importância dos muçulmanos, a maior comunidade religiosa não cristã do país. O Conselho Científico, consultor do governo federal e dos governos estaduais em questões de ensino superior e pesquisa, considera importante reverter essa discrepância.

Segundo a proposta, os novos institutos devem formar não apenas sacerdotes e professores de islamismo para o ensino religioso escolar, mas também pesquisadores do islã e especialistas para o trabalho social e comunitário.

Na Alemanha deverá crescer nos próximos anos a demanda por professores de religião islâmica. De acordo com o conselho, hoje as escolas alemãs têm cerca de 700 mil alunos muçulmanos matriculados. Caso se decida introduzir aulas de educação religiosa islâmica no ensino médio alemão, hipótese considerada provável, serão necessários cerca de 2 mil profissionais para a função.

Nas universidades também deverão ser formados imãs. Atualmente, os sacerdotes muçulmanos provêm em grande parte do exterior.

Governo ajudará implementação da ideia

A ministra alemã da Educação, Annette Schavan, apoia as recomendações do Conselho de Ciência. Ela auxiliará as universidades interessadas em
implementar a ideia, segundo afirmou ao jornal Welt am Sonntag. O número de crianças e adolescentes muçulmanos na Alemanha continua a crescer, lembrou ela. Por isso, é importante formar professores e pesquisadores de religião islâmica. Para a ministra, a medida faz parte da política de integração em sociedades modernas.

Segundo o secretário-geral do Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanha, Aiman Mazyek, essas recomendações são um “caminho pragmático, para o qual não há alternativas”. Trata-se de uma reivindicação de anos das organizações muçulmanas.

MD/afp/kna
Revisão: Simone Lopes