Classe C cresceu 95,6% em cinco anos no Estado da Paraíba

Em cinco anos, o número de domicílios da classe C cresceu 95,6% na Paraíba, passando de 219.529 para 429.389 residências. O consumo dessa classe passou de 31,6% do total para 40%, de 2005 a 2010, representando aproximadamente R$ 11,12 bilhões. Os dados são do estudo “Brasil em Foco” divulgado anualmente pelo IPC Marketing Editora, que aponta para este ano consumo de R$ 27,8 bilhões, sendo os maiores gastos com manutenção do lar (R$ 6,2 bilhões), alimentação em domicílio (R$ 4,6 bilhões) e veículo (R$ 1 bilhão). Até o fim do ano, o consumo deve crescer 3,9%.

O estudo do IPC mapeia a participação de cada um dos 5.564 municípios brasileiros com relação ao potencial do consumo no País e o diretor da empresa, Marcos Pazzini, estará em João Pessoa na próxima terça-feira para ministrar palestra sobre estratégias de negócios. Ele vai orientar empresários sobre o posicionamento diante de um mercado consumidor com crescimento estimado em 3,9% até o fim do ano. As inscrições serão feitas até esta segunda-feira no Sebrae, ao preço de R$ 20 para profissionais e R$ 10 para estudantes.

A pesquisa do IPC estima um consumo de R$ 27,827 bilhões para este ano, sendo R$ 2,496 bilhões para o consumo rural e R$ 25,330 bilhões para o urbano. Os maiores gastos são com alimentação e manutenção do lar, que juntos somam R$ 10,973 bilhões e correspondem a 39,43% do total, além dos veículos, com R$ 1,042 bilhão. O estudo analisa 21 categorias de consumo como despesas de viagens, bebidas, confecção, calçados e eletrodomésticos.

Marcos Pazzini, que é também coordenador da pesquisa, revela que o consumidor está cada vez mais exigente. “O preço continua sendo importante, mas questões de diferencial de atendimento, de pré e pós-venda, de entrega, de atender às expectativas, são fatores essenciais para o sucesso de vendas”.

Classe B tem elevação de 70,1%

A migração de classes também atingiu os domicílios enquadrados na categoria B, onde houve um acréscimo de 70,1% nas residências. Em 2005, 83.830 famílias estavam classificadas nesse grupo, enquanto que a estimativa para 2010 é de 142.597. O consumo dessa classe aumentou de 29,6% para 36,4%, algo em torno de R$ 10,1 bilhões.

A maior redução entre as classes de renda quanto aos domicílios ocorreu na E, com uma diminuição de 66,3%, passando de 43.796 para 14.781. Seu consumo estimado é de R$ 139 milhões. A classe D teve redução de 37,9% em sua população, enquanto a A caiu 8,6%, demonstrando uma diminuição na distribuição de renda. O consumo delas deve ser de R$ 2,52 bilhões (9,1%) e de R$ 3,91 bilhões (14,1%), respectivamente.

Fonte: Correio PB, 31 jul 2010

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