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Depressão, alcoolismo e problemas sexuais aumentam na Espanha com a crise econômica

A atual conjuntura econômica da Espanha – que amarga uma taxa de desemprego de 24,6% – está afetando a saúde mental dos espanhóis, segundo pesquisas no campo da depressão, do alcoolismo e de problemas sexuais.

[Liana Aguiar, BBC Brasil, 14 ago 2012] Após mais de quatro anos de crise, os problemas se acumulam e vêm sendo detectados por diferentes estudos. Uma pesquisa da Fundação Pfizer, por exemplo, revelou que, em 2010, 44% da população espanhola sofria mais com estresse e tensão do que nos dois anos anteriores. As incertezas em relação ao trabalho e aos rumos da economia representavam a principal fonte de problemas. Continue lendo

Adolescentes mulheres bebem mais que os homens, diz estudo

Unesp traz pesquisa sobre o uso de álcool por estudantes do ensino fundamental e médio. Amigos e classe social influenciam na bebida.

[Cibelle Brito, O Globo, 20 abr 12] As meninas exageram mais na hora de beber que os meninos. A afirmação é de uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), que observou o uso de álcool pelos estudantes do ensino médio e fundamental das escolas públicas e privadas de Botucatu, no interior de São Paulo. Os 1507 estudantes entrevistados eram menores de 18 anos, e foram questionados sobre o consumo de álcool, drogas, comportamento violento e hábito de beber entre familiares e amigos. Continue lendo

Um em 10 menores vive com pai ou mãe alcoólatra nos EUA, revela estudo

[CB, 16 fev 12] Sete milhões e meio de jovens americanos, ou um em cada 10 menores de 18 anos, vivem com pai ou mãe alcoólatra, revela um estudo publicado nesta quinta-feira, segundo o qual estes menores são mais propensos a sofrer de depressão, ter baixo rendimento escolar ou sofrer abusos.

Também correm quatro vezes mais riscos do que outros jovens de virarem alcoólatras, segundo pesquisas feitas entre 2005 e 2010 para a agência governamental contra a dependência (Administração de Saúde Mental e Abuso de Substâncias, SAMHSA).

Cerca de 1,4 milhão de menores nos Estados Unidos moram com um dos pais, que é alcoólatra. Nestes lares monoparentais, 1,1 milhão vive com a mãe e 300.000, com o pai, revelou o estudo, publicado por ocasião da campanha de prevenção dedicada aos filhos de alcoólatras, celebrada entre 12 e 18 de fevereiro.

“Este imenso problema de saúde pública vai além destes números terríveis, porque os estudos mostram que os filhos de alcoólatras não tratados têm maior risco de desenvolver dependência ao álcool”, disse a chefe da SAMHSA, Pamela Hyde, em um comunicado.

Hábito perigoso: adolescentes usam absorventes com vodka para ficar bêbado mais rápido

[Hypescience, 16 nov 11] A prática parece ser feita a algum tempo, mas muitos ainda pensam (ou esperam) que isso possa ser um mito urbano. Mas a polícia afirma que introduzir absorventes cheios de vodka em… lugares escuros é muito popular entre jovens. E não apenas entre as garotas.

Ou eu estou ficando velho, ou sou um bêbado amador, porque nunca ouvi falar nessa técnica. Com uma pesquisa online rápida, você descobre que a prática não é tão incomum, e é popular entre adolescentes ansiosos em ficar bêbados rápido sem que ninguém veja (as garrafas, claro). E apesar de parecer algo mais direcionado às garotas, os rapazes descobriram que também conseguem usá-los. É chamado, aparentemente, de “drinque de bunda”.

Espero que você já tenha passado do momento “o quê? onde vai isso?”, porque a coisa continua. Policiais registraram casos de adolescentes bêbados por culpa do método alternativo. Quando você bebe da maneira “conservadora”, os ácidos estomacais e outras barreiras naturais impedem que todo o álcool seja absorvido. Mas áreas mais vascularizadas, como a vagina ou o reto, absorvem o álcool direto para o sangue. Isso ajuda quem pretende ficar bêbado rápido e intensamente. Alguns até afirmam que o efeito dura mais. Continue lendo

Total de mulheres viciadas aumenta 158% em Ribeirão Preto (SP)

[Juliana Coissi, Folha SP, 7 nov 11] Durante os 44 anos de casada, Helena, 64, acostumou-se a tomar uma cervejinha com o marido todo fim de tarde. Juntos, os dois chegavam a consumir cinco garrafas por dia.

Só depois de procurar o Caps-AD (centro de atenção para dependentes químicos), em Ribeirão Preto (313 km de SP), ela percebeu que o hábito inocente a tornou viciada em álcool.

Helena, que preferiu não revelar seu nome verdadeiro, é apenas uma das muitas mulheres que aparecem nas estatísticas do centro.

O número de dependentes químicas –principalmente de álcool– que buscam pela primeira vez ajuda do Caps-AD cresceu 158% na comparação entre 2010 e 1996, quando o centro foi criado.

Nos primeiros sete meses deste ano, já há quase o mesmo número de mulheres atendidas do que em todo o ano passado (104 contra 111). O ritmo de crescimento entre mulheres é 15,5% maior do que entre os novos pacientes homens. Continue lendo

Fotos de consumo de álcool no Facebook podem ser um alerta para o vício de jovens

[Reuters, 4 out 11] As páginas de universitários no Facebook podem oferecer pistas quanto àqueles que correm risco de abuso e dependência de bebidas alcoólicas, segundo um estudo americano.

Pesquisadores liderados por Megan Moreno, da Universidade de Wisconsin-Madison, constataram que estudantes que exibiam fotos ou textos que os mostravam bêbados ou desacordados por consumo exagerado de álcool tinham maior probabilidade de enfrentar problemas de alcoolismo.

– Os resultados sugerem que os critérios clínicos para definir problemas com a bebida são aplicáveis às referências ao consumo de álcool no Facebook – afirmaram Moreno e seus colegas no estudo, publicado pela revista Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine. Continue lendo

Saiba como o álcool afeta seu corpo

Os efeitos do consumo do álcool a curto prazo são conhecidos: ressacas, cansaço, má aparência.

[Philippa Roxby, BBC Brasil, 4 out 11] A longo prazo, a ingestão da substância está associada a várias condições, entre elas o câncer da mama, câncer oral, doenças cardíacas, derrames e cirrose hepática, entre outras.

Pesquisas também associaram o consumo de álcool em doses elevadas à problemas de saúde mental, perda de memória e diminuição da fertilidade.

Entretanto, estudos também concluíram que, ingerida com moderação, a substância pode ter um efeito benéfico, ajudando a proteger o coração ao elevar os índices de bom colesterol no organismo e impedir a formação de coágulos sanguíneos. Continue lendo

Escolas se unem para afastar alunos das drogas

[Mariana Lenharo, JT, 25 set 11] Colégios particulares tradicionais da capital se reuniram ontem na I Jornada de Prevenção contra o Comportamento de risco nas Escolas Paulistanas, em busca de medidas para afastar seus estudantes do uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas. Profissionais de seis instituições ouvidos pela reportagem afirmam que a facilidade de acesso a esses produtos em baladas, festas de 15 anos e até dentro de casa é crescente.

O problema enfrentado pelos colégios aparece também nas estatísticas oficiais do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que realizou um estudo sobre o tema divulgado pelo JT em dezembro de 2010: o uso de drogas ilícitas nas escolas particulares, no ano anterior à pesquisa, era de 13,6% – índice acima da taxa verificada na rede pública, de 9,9%.

A ideia de unir forças para combater o consumo de drogas entre os estudantes da cidade partiu do colégio I.L.Peretz. Ali, o trabalho de prevenção começa já no ensino infantil, com alunos de 4 anos. “Desde cedo, trabalhamos vários assuntos relacionados à saúde para que, quando estejam na adolescência, já tenham meio caminho andado”, diz a coordenadora do projeto Prev-Peretz, Evelina Holender. Continue lendo

Consumo de drogas é maior nas escolas particulares

[JT, 16 dez 10] O consumo de drogas é maior em escolas privadas do que em públicas, revela levantamento da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) divulgado ontem. Mapeamento feito com 50.890 estudantes de todas as capitais constatou que, na faixa de 16 a 18 anos, 54,9% dos alunos da rede particular já usaram psicotrópicos, como maconha, cocaína e crack, pelo menos uma vez. Nos colégios públicos o porcentual é de 40,3%. Na rede privada, de cada 100 alunos, 30 já consumiram essas substâncias contra 24 na rede pública.

Na faixa etária de 16 a 18 anos, a proporção de estudantes de escolas particulares que já usou essas drogas pelo menos uma vez na vida é ainda maior: 54,9%. Na pública, essa porcentagem é de 40,3%.

A relação de consumo entre os dois tipos de escolas se inverte quando se analisa o uso frequente (declaração de consumo de seis ou mais vezes no mês anterior à pesquisa): nessa faixa, a rede pública ultrapassa a privada por uma pequena margem – 0,9% contra 0,8%.

Quanto ao uso pesado (vinte ou mais vezes), os alunos da rede pública “superam” os da privada por 1,2% a 0,8%. Isso significa que embora sejam consumidas mais drogas pelos alunos da rede privada, na pública a frequência de uso é maior. Continue lendo

Internação por cirrose alcoólica cresce 50% no estado de São Paulo

Levantamento indica que as pessoas passaram a ingerir mais bebidas alcoólicas.

[Bruno Bocchini, Agência Brasil, 18 set 11] As internações por cirrose hepática causada pela ingestão de bebidas alcoólicas aumentaram quase 50% nos últimos cinco anos nos hospitais do estado de São Paulo. Em 2007, foram internadas cerca de 2,1 mil pessoas com o problema e a estimativa para este ano é de mais de 3 mil pacientes. Os dados são do Serviço de Hepatologia do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo.

De acordo com o coordenador do serviço, o médico Carlos Baía, o levantamento indica que as pessoas passaram a ingerir mais bebidas alcoólicas. “A quantidade de álcool para provocar uma cirrose varia caso a caso. Geralmente são quantidades que as pessoas podem achar pequenas, como quatro ou cinco doses de bebidas destiladas por dia, se for consumido diariamente por dez anos”.

O álcool inflama e destrói gradualmente as células do fígado que, ao longo do tempo, passa a ficar tomado por pequenas cicatrizes, e tem seu funcionamento prejudicado. Estima-se que em torno de 15% dos alcoólatras cheguem a esta etapa em um período entre dez e 15 anos de dependência.

“Uma das características do álcool é induzir tolerância e a pessoa precisa de uma quantidade cada vez maior para sentir o mesmo efeito de relaxamento inicial”, destaca o médico. Continue lendo

Mortalidade do alcoolismo no Brasil é quase tão grande quanto a do crack

Estudo da Unifesp revela que 17% dos dependentes atendidos morreram após cinco anos; na Inglaterra, o índice é de 0,5%; violência e doenças relacionadas ao vício em álcool foram as principais causas de morte; religião é apontada como fator de proteção.

[Lígia Formenti, Estadão, 19 set 11] O índice de mortalidade entre dependentes de álcool no Brasil está próximo do registrado entre usuários de crack. Pesquisa inédita feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que, em cinco anos, 17% dos pacientes atendidos em uma unidade de tratamento da zona sul de São Paulo morreram.

“É um número altíssimo. Na Inglaterra, o índice não ultrapassa 0,5% ao ano”, diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador do estudo.

O trabalho, que será publicado na próxima edição da Revista Brasileira de Psiquiatria, segue uma linha de pesquisa de Laranjeira sobre morte entre dependentes de drogas. O estudo feito entre usuários de crack demonstrou que 30% morreram num período de 12 anos. “Naquela mostra, a maior parte dos pacientes morreu nos primeiros cinco anos. Podemos dizer que os índices estão bastante próximos.” Continue lendo

‘Marketing positivo’ reduz consumo de álcool entre jovens nos EUA

Uma coisa é saber quais são os hábitos saudáveis, outra coisa é adotá-los. A nova busca da ponte entre teoria e prática vem do “marketing positivo”, que faz uso de técnicas de propaganda para mudar comportamentos.

[Marco Varella, Folha SP, 5 set 11] É isso que está por trás de uma nova abordagem de controle do alcoolismo, proposta por James Turner e Jennifer Bauerle, da Universidade da Virgínia.

Eles vieram à USP apresentar seu método no 1º Seminário de Normas Sociais, denominado “O Poder das Percepções Positivas”. “Tendemos a superestimar as consequências negativas e subestimar o lado positivo”, disse Bauerle à Folha. Continue lendo