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Casamentos entre mulheres são alternativa para infertilidade no Quênia

Atos homossexuais podem ser fora da lei no Quênia, mas uma antiga tradição de algumas comunidades permite casamento entre mulheres.

[Muliro Telewa, BBC Brasil, 16 fev 12] A surpresa maior é que isso acontece num país onde líderes religiosos dizem que uniões gays são “não-africanas” – e no qual os que mostram abertamente suas relações enfrentam reações hostis da população.

No entanto, estes casos envolvendo mulheres não são vistos sob o mesmo prisma.

Em determinadas comunidades no oeste do país, se uma mulher não tiver filhos, ela assume o que se considera o papel masculino em um novo casamento, oferecendo uma casa para uma mulher mais jovem. Continue lendo

Maior campo de refugiados do mundo faz 20 anos em crise humanitária

Construído em 1991 para abrigar 90 mil pessoas, Dadaab tem hoje 380 mil. G1 visitou campo no Quênia, atualmente em emergência por superlotação.

[G1, 12 ago 11] Há 20 anos, a rotina se repete: eles chegam sem nada além da roupa do corpo, exaustos das caminhadas de semanas, às vezes meses, famintos em busca de abrigo. Os portões de Dadaab, o maior campo de refugiados do mundo, no Quênia, nunca se fecham – e o complexo, projetado para abrigar 90 mil moradores, está lotado. Nos últimos meses, superlotado: a pior seca no Chifre da África em 60 anos está levando diariamente ao menos 800 pessoas a bater nas portas de Dadaab. O G1 esteve no campo entre os dias 1º e 3 de agosto e mostra numa série de reportagens a estrutura, o dia a dia e as dificuldades de quem vive de forma permanente numa casa temporária. Continue lendo

Metade das famílias no noroeste do Quênia come uma vez por dia

Mulheres e crianças da região de Turkana, no noroeste do Quênia, aguardam pela distribuição de comida- Simon Maina/France Presse

[Folha SP 8 ago 11] Cerca de metade das famílias vivendo na região de Turkana, no noroeste do Quênia, não consegue se alimentar mais de uma vez ao dia, segundo relatos do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), por causa da grave seca que assola a região do Chifre da África.

A situação dos quenianos na região fronteiriça com Uganda, Sudão do Sul e Etiópia fica pior devido à ameaça de ladrões sudaneses e etíopes que criam obstáculos à distribuição da ajuda alimentar, de acordo com a Cruz Vermelha local. Continue lendo

Seca e fome atingem Somália

População busca abrigo no Quênia e na Etiópia

[Planetasustentável, 18 jul 11] Dezenas de milhares de pessoas estão fugindo da seca e da fome na Somália, em busca de alimentos e água em campos de refugiados no Quênia e na Etiópia, relata a ABC News. A crise surgiu por uma combinação letal de uma seca de dois anos, um enorme aumento mundial dos preços de alimentos e uma brutal guerra civil na Somália, onde grupos de ajuda têm dificuldade de operar. Os somalis estão andando até 60 quilômetros para chegar ao complexo de Dadaab, no leste do Quênia, o maior campo de refugiados do mundo. A trilha pode levar semanas, numa área desolada, a não ser pelas carcaças encontradas pelo caminho. Continue lendo

Conflitos na Somália superlotam campo de refugiados no Quênia

Foto: AP РCrian̤as somalis em campo de refugiados de Dadaab, no leste do Qu̻nia

Mesmo em condições de vida ruins e sob recrutamento de islâmicos radicais, somalis que cresceram em Dadaab se negam a voltar

Quando era um jovem em 1991, Abdullahi Salat chegou a Dadaab, no Quênia, fugindo da guerra civil em seu país, a Somália, e encontrou pouco mais do que arbustos e algumas barracas. A mulher que trabalhava para as Nações Unidas e saudou-o no porto seguro, então quase vazio, mostrou-lhe a sua barraca e colocou um punhado de sementes na palma de sua mão.

“Plante-as. Aqui é quente”, lembra-se Salat, agora com 29 anos, de ter ouvido a mulher falar. Mas, em resposta, ele disse que não plantaria naquele dia, que Dadaab não era seu lar e acreditava que iria se mudar em breve. Hoje, conta, “as árvores estão bastante grandes”.

Ao longo dos anos desde que Salat chegou a Dadaab – região árida do Quênia, a cerca de 50 quilômetros da fronteira com a Somália – a população de refugiados local aumentou para cerca de 300 mil, praticamente todos somalis, tornando-a o maior complexo de refugiados no mundo, segundo oficiais da ONU, e uma das maiores cidades do Quênia.

No próximo ano, Dadaab comemorará o seu 20º aniversário. Mas, conforme os conflitos da Somália seguem adiante, a atitude do Quênia para com os somalis têm esfriado e esse conjunto de campos de refugiados se tornou um incômodo problema político e, alguns afirmam, fonte de insegurança. Continue lendo