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Religião e diversidade étnica

[Valor & IHU, 14 out 11] Influências da crise atual sobre os modos de pensar e agir de quem vive na Europa devem permear os trabalhos de uma conferência internacional que se realizará na Universidade de Tilburg, na Holanda, no fim de novembro. No encontro, em que se discutirão “Os Valores da Europa”, objeto de acompanhamento sistemático do European Values Study (EVS), personalidades acadêmicas de vários países tratarão de dois temas, entre outros, que se associam de forma muito particular e atual como campo de análise antropológica: a religião e a diversidade étnica (também serão apresentados “papers” sobre família e casamento, trabalho e lazer, política e sociedade). Cristãos e muçulmanos – estes, uma população encorpada por correntes migratórias incessantes – são os personagens de um ambiente sociocultural ao qual a crise agora acrescenta novos ângulos de observação.

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Mudanças nos padrões de vida das populações europeias, por exemplo, têm exercido influência direta no declínio do número de cristãos no continente. A diminuição da população rural no século passado é um dos fatores que contribuíram para a ruptura da transmissão dos valores religiosos, já que no campo o sentimento de pertencer a um grupo relativamente homogêneo, com os mesmos valores, é mais forte.

“Nas cidades, as pessoas não conhecem o vizinho, os filhos vão estudar longe de casa e se distanciam dos moldes tradicionais. Esse tipo de comportamento fragiliza a transmissão da fé”, analisa o sociólogo de religiões Frédéric Lenoir, autor dos livros “Sócrates, Jesus, Buda” e “O Oráculo de Luna”, publicados no Brasil, e diretor da revista “Le Monde des Religions”, do jornal “Le Monde”. “O discernimento pessoal e um olhar mais crítico nos levam a questionar fundamentos da fé e as explicações religiosas do mundo.” Continue lendo

“Jovens não têm futuro a não ser que quebrem o sistema”, diz Francisco de Oliveira

No capitalismo, o ócio é o usufruto de um tempo conquistado na relação entre trabalhadores e empregadores. Sem trabalho, não existe ócio.

[Folha SP, 17 ago 11] Portanto, nos países capitalistas avançados que convivem com altas taxas de desemprego, os jovens “não têm futuro, a não ser que quebrem o sistema”.

Esse foi o raciocínio exposto na noite de terça-feira no Rio pelo sociólogo Francisco de Oliveira, professor emérito da USP, convidado a fazer uma abordagem marxista do “elogio à preguiça” no ciclo de conferências organizado pelo filósofo Adauto Novaes –e que ocorre também em São Paulo e Belo Horizonte.

“A reprodução do sistema vai levando a formas cada vez mais sofisticadas de uso do trabalho que desmontam as velhas estruturas”, disse Oliveira, 77.

Citou um exemplo europeu: “A Espanha, um sucesso formidável depois que entrou na União Europeia, agora tem 25% da força de trabalho desempregada, a maioria jovens. O tipo de emprego que o capitalismo industrial criou durante 50 anos, dos anos 1930 aos 80, desapareceu. O sistema tem mais capacidade de produzir esses jovens desempregáveis do que antes.” Continue lendo

Para especialistas, falta de perspectiva motiva violência em Londres

Insatisfação com as severas medidas de austeridade implementadas pelo governo britânico e o alto nível de desemprego gerariam frustração principalmente entre os jovens britânicos, acreditam observadores.

[DW, 10 ago 11] A dimensão e a intensidade da recente onda de violência em Londres, Manchester, Birmingham, e a velocidade com que os tumultos se espalharam pela capital e arredores, chocou as autoridades e a população.

Comportamentos antissociais e ações criminosas entre jovens britânicos, no entanto, não são novidade. No ano passado, 19 jovens foram mortos em Londres em crimes relacionados a gangues. Um relatório do governo concluiu que os ataques e o vandalismo praticados por essas gangues são uma “influência maligna na vida de milhões”. Continue lendo

Pesquisa revela aumento dos suicídios durante a recessão na Europa

O número de suicídios cresceu expressivamente na UE durante a recente crise econômica global, sobretudo nos países mais abalados. Pesquisadores britânicos investigam o que torna uma sociedade mais ou menos vulnerável.

[DW, 8 jul 11] Em artigo publicado na revista médica britânica The Lancet, pesquisadores destacam o custo humano da recente recessão econômica. Os índices de suicídio aumentaram consideravelmente nos países-membros da União Europeia (UE) entre 2007 e 2009 – revertendo a tendência de queda registrada desde o início do milênio.

No artigo publicado no site da revista nesta sexta-feira (08/07), os cientistas apresentam a análise realizada a partir de dados de dez países europeus, os quais disponibilizaram estatísticas completas referentes ao período de três anos. Continue lendo

Países europeus redescobrem a pobreza

Em apenas três anos, a taxa de desemprego é recorde, renda da população desaba e número de pobres aumenta no Velho Continente

[Jamil Chade, O Estado de SP, 9 jul 11] No momento em que o Lehman Brothers faliu, em setembro de 2008, governos europeus se apressaram em declarar que não havia chance de que o Velho Continente fosse afetado. Três anos depois, não só a crise ainda não foi superada como a Europa redescobre seus pobres. Em apenas três anos, dados oficiais mostram que o desemprego é recorde, a renda principalmente da população na periferia do continente desabou e o número de pobres aumenta.

Segundo pesquisadores, essa é a primeira vez desde o pós-guerra que a Europa registra um aumento real no número de pobres, pelo menos na parte Ocidental do bloco. A classificação de pobre usado na Europa não é a mesma da ONU, que colocou a taxa de miséria em uma renda de US$ 1,25 por dia. Na Europa, a taxa varia dependendo do país e é estabelecida com base num salário que mantenha uma família de forma adequada.

Nas últimas semanas, estudos publicados pela União Europeia (UE), pelos governos nacionais e entidades de pesquisa revelam o que já vem sendo chamado de “nova pobreza”. Centenas de empresas fecharam as portas. Mas foram os cortes drásticos nos investimentos dos governos que aprofundou ainda mais a recessão social. Continue lendo

Quatro milhões de idosos sofrem maus-tratos na Europa por ano

[Folha SP, 16 jun 11] Pelo menos quatro milhões de idosos sofrem abusos físicos a cada ano na Europa e cerca de 2.500 são mortos por um membro da família, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Os idosos são vítimas de humilhações como bofetadas, murros, socos, queimaduras e cortes e são trancados em seus quartos durante horas ou até dias, afirma o relatório divulgado durante a 3ª conferência europeia de prevenção de maus-tratos e promoção da segurança, realizada em Budapeste.

Segundo o estudo –que analisou a situação dos idosos em 53 países europeus–, além dos quatro milhões que sofrem abusos físicos, 29 milhões são submetidos a agressões psicológicas, como insultos ou ameaças, e seis milhões são vítimas de roubos de dinheiro ou fraudes.

Além disso, cerca de um milhão de idosos sofrem abusos sexuais em forma de assédio, estupros ou exposição à pornografia. Continue lendo

El 25% de los niños abre su perfil en las redes sociales

[El País, 18 abr 11] En España, el 28% de los menores entre nueve y doce años tiene cuenta en alguno de estos servicios en Internet, según un estudio de la Comisión Europea

Un 25 % de los menores tiene abierto el acceso a su perfil en las redes sociales a cualquier persona que desee consultarlo, según indica hoy una encuesta elaborada por la Comisión Europea. Además, uno de cada cinco de estos menores con el perfil accesible ha introducido datos como su dirección o su número de teléfono, que, de este modo, son visibles para todo el mundo. Las empresas propietarias de estas redes “deberían hacer inmediatamente que los perfiles de menores fueran accesibles solo para su lista de contactos aprobados”, ha señalado en un comunicado la comisaria europea de Agenda Digital, Neelie Kroes.

Kroes considera que las cuentas de menores de edad no deberían poder encontrarse mediante buscadores en línea y urgió a todas las compañías que aún no lo hayan hecho a firmar el código de buenas prácticas para las redes sociales impulsado por la Comisión. “Un creciente número de niños están en las redes sociales pero muchos de ellos no toman las medidas necesarias para protegerse en línea. Estos niños se están exponiendo a que les hagan daño y son vulnerables a acosadores”

Según el estudio, un 38% de los menores europeos entre nueve y doce años está presente en alguna red social, una cifra que aumenta hasta el 77 % para los menores entre trece y dieciséis años. En España, un 28 % de los niños entre nueve y doce años tiene una cuenta en una red social, diez puntos menos que la media europea, aunque para el caso de los adolescentes entre trece y dieciséis el total sube por encima de la media hasta el 81 %. Francia, con un 25 %, y Holanda, con un 70 %, son, respectivamente, los países con un menor y mayor porcentaje de niños entre los nueve y los doce años presentes en las redes sociales.

Desmontada maior rede de pedofilia já encontrada na web

[BBC Brasil, 16 mar 11] Uma investigação policial desmontou a maior rede de pedofilia já descoberta na internet, com cerca de 70 mil integrantes e conexões em 30 países, informou nesta quarta-feira a Europol (agência de polícia da Europa).

Segundo o chefe da Europol, Rob Wainwright, 670 suspeitos foram identificados, dos quais pelo menos 170 foram detidos. Além disto, já foram identificadas 230 crianças que sofreram abusos pelos pedófilos.

Segundo Wainwright, os pedófilos se escondiam por trás de um fórum online operado legalmente na Holanda, por onde trocavam fotos e vídeos de crianças molestadas.

Os detetives envolvidos na investigação, de acordo com a Europol, se fizeram passar por pedófilos para se infiltrar na rede e coletar informações.

A operação policial, batizada de Operação Resgate, levou três anos para ser realizada. Entre os países onde foram encontrados suspeitos, estão Grã-Bretanha, Holanda, Austrália, Itália, Canadá e Tailândia.

A Europol prevê que o número de detidos vai aumentar, na medida em que mais integrantes da rede venham a ser descobertos.

El consumo de droga en Europa: un informe de 2010

Cultivo de cannabis en Holanda.

La crisis financiera, los programas de ahorro puestos en marcha por los gobiernos comunitarios, el envejecimiento de la población son cuestiones que afectan también, se recuerda en Lisboa, a la lucha antidrogas europea.

Cada año, el Observatorio Europeo de las Drogas y las Toxicomanías (OEDT)- con sede en Lisboa- presenta un estudio que incluye los datos recopilados por el organismo a lo largo de los últimos 12 meses. En él, se describen las nuevas tendencias en el consumo de drogas dentro de los 27 países miembros de la Unión Europea, en el origen de las mismas y en las políticas aplicadas para combatirlas.

En este 2010, los funcionarios han lanzado desde Portugal una señal de alerta dirigida a las restantes capitales del continente: el ahorro estricto impuesto por la mayoría de los gobiernos para frenar el déficit público tras el terremoto de la crisis financiera internacional será una cuenta de resultado negativo si acaba con los programas para el tratamiento de drogodependientes, una de las “columnas”, dice la institución, de la política antidrogas europea. Continue lendo

A violência doméstica contra a mulher na Europa

Por Sabina Zaccaro Р8 mar̤o 2010

A quantidade de mulheres que suportam violência física e psicológica nos lares europeus atinge números alarmantes. A violência doméstica aumenta em todos os âmbitos da sociedade, apesar da implementação de leis e políticas mais rígidas, segundo o Conselho da Europa, órgão de 47 países dedicados a promover os direitos humanos, a democracia e o cumprimento da lei. Entre 12% e 15% das mulheres maiores de 16 anos são vítimas de violência em alguma de suas relações, segundo o último informe do Conselho, de 2006.

As mulheres sofrem agressões verbais, emocionais, físicas e sexuais que deixam sequelas como dores crônicas, doenças sexualmente transmissíveis, desordens do apetite e do sono, abuso de álcool e perda do emprego. Mas a lista é muito mais extensa. A polícia da Grã-Bretanha recebe, em média, um telefonema por minuto pedindo ajuda para casos de violência doméstica, segundo dados oficiais dessa força do condado inglês de Sussex, e que figuram no último informe da organização Mulheres Contra a Violência na Europa (Wave), que tem uma rede de abrigos. Duas mulheres são assassinadas por semana na Inglaterra e em Gales por seus parceiros ou ex-parceiros.

“Melhorou a consciência dos governantes e da população em matéria de violência doméstica e em especial contra a mulher. Também houve avanços significativos nos serviços de respostas legais e voluntários”, disse à IPS Nicola Harwin, diretora da Federação de Ajuda às Mulheres, a mais antiga rede da Grã-Bretanha especializada nesse tema. “Porém, ainda há muito por fazer para dar proteção e apoio efetivos a todas as vítimas de violência doméstica: mulheres, meninas e meninos”, acrescentou.

A Federação apoia a nova estratégia do governo britânico de realizar um acompanhamento de fatos de violência contra mulheres e meninas, que inclui proteger as vítimas e prender os responsáveis. Também se concentra na prevenção do problema. “Pediremos a todos os partidos que, nas próximas eleições gerais, garantam que haja recursos para implementar a estratégia”, disse Harwin. Os serviços para atender casos de violência sexual e doméstica da Federação de Ajuda às Mulheres apoiaram mais de 108.690 mulheres e 39.130 meninas e meninos no ano passado, e receberam mais de 150 mil telefonemas para o número nacional colocado à disposição para esses casos.

Na Itália, a violência contra a mulher também aumenta. Estima-se que cerca de 6,7 milhões delas sofreram violência física e sexual ao longo de sua vida, neste país de 60,3 milhões de habitantes, segundo o último informe do Instituto Nacional de Estatísticas (Istat). Mais de dois milhões de mulheres sofreram assédio. Além disso, 690 mil foram vítimas de reiterados episódios de violência por parte de seus companheiros, frequentemente na presença dos filhos. A organização Differenza Donna, com sede em Roma, tem cinco abrigos, um deles dedicado especialmente às imigrantes. “Oferecemos assistência de emergência para aquelas que correm risco de vida em suas casas e depois as ajudamos a recuperar totalmente a autoestima para voltar a enfrentar o mundo”, disse Emanuela Moroli, presidente da entidade.

Numerosas organizações femininas concordam que foram criados mais centros de luta contra a violência após a Plataforma de Ação de Pequim de 1995, acordo feito pelos 189 chefes de Estado e de governo que participaram da Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada na capital chinesa. Os centros nasceram como iniciativas privadas de médicos e ativistas, e depois passaram a ser instituições dedicadas a responder ao chamado de Pequim.

A Differenza Donna ajuda cerca de 1,5 mil mulheres por ano em Roma. Entre 87% e 90% delas foram atacadas por seus parceiros. “Em muitos casos, passam anos sofrendo agressões físicas e psicológicas e sob a ameaça ‘se me denunciar, perderá seus filhos’”, disse Moroli. As mulheres costumam estar sozinhas, acrescentou. Suas famílias não ajudam porque consideram que o casamento deve ser preservado sob qualquer circunstância. O centro acaba de lançar um programa de capacitação para policiais e pessoal médico sobre atendimento de casos de violência doméstica.

Na França, uma mulher é assassinada a cada três dias em casos de violência doméstica, segundo o Ministério do Interior. Aproximadamente, 156 mulheres foram assassinadas por seus parceiros ou ex-parceiros, segundo estudo da polícia francesa em 2008, enquanto 27 homens morreram em circunstâncias similares. Nove meninos e meninas foram mortos por seus pais, o que representa 16% do total de homicídios do país.

Por IPS/Envolverde.

Milhões de crianças e adolescentes se refugiam (sós!) na Europa

DW 24 fev 2010

No final de 2008, 42 milhões de pessoas encontravam-se em fuga, por todo o mundo. Segundo informações do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, quase a metade deste número refere-se a crianças.

A presença de menores na Europa sem a tutela dos pais ou responsável legal vem aumentando nos últimos dez anos e, hoje, constitui uma grave preocupação de instituições sociais. Não existem estatísticas confiáveis sobre o assunto, e os números fornecidos pelas organizações humanitárias são apenas aproximados.

Os MINA “constituem um coletivo altamente desconhecido, sobre o qual não sabemos nem a característica principal: sua extensão”, admitiram em 2006 os autores de um estudo da Universidade Complutense de Madrid.

Cerca de mil solicitações de asilo pelos MINA são processadas anualmente na Alemanha, revelou Marei Pelzer, assessora jurídica da organização humanitária alemã Pro Asyl. Estes menores imigrantes chegam à Europa por meio de traficantes e pessoas com claros interesses comerciais, mas, em outras ocasiões, também são ajudados por organizações humanitárias, contou Andreas Meissner, assessor para crianças refugiadas e em conflitos armados, da organização humanitária Terre des Hommes Alemanha.

Quem são os MINAS?

Trata-se, em sua maioria, de jovens entre 14 e 18 anos, geralmente do sexo masculino. Na Alemanha, a maior parte é procedente da África, Oriente Médio, da região do Cáucaso ou do Sudeste Asiático. Seus principais países de origem são: Guiné, Eritreia, Etiópia, Palestina, Líbano, Tchetchênia, Bangladesh, Índia, Afeganistão e Iraque. Na Espanha, os refugiados chegam, por exemplo, da África Subsaariana e, mais recentemente, do Leste europeu.

Muitos são acolhidos em centros para refugiados adultos, onde “são submetidos a provas médicas para determinar a sua idade aproximada, por não possuírem credibilidade nem portarem documentos”. Essa é uma forma de prevenção contra aqueles que mentem para desfrutar de vantagens legais. “Existem diversos casos em que menores são identificados com idade superior a 18 anos e, em consequência, devem permanecer entre adultos”, complementou o assessor da Terre des Hommes Alemanha.

Às organizações de defesa dos direitos infantis, o processo de solicitação de asilo para crianças recém-chegadas parece inadequado. Isso porque, para conseguir asilo, elas devem se submeter a encontros mediados por tradutores, no qual ficam frente a um estranho que lhes pergunta sobre experiências geralmente traumáticas. “Muitos jovens me descreveram repetidamente que se sentiram melhor em um interrogatório do que em uma entrevista”, assegurou Meissner. Esse tipo de entrevista é feita para descobrir incoerências que permitam negar o asilo ao menor.

Direitos na Alemanha

Na ratificação da Convenção Internacional do Direito das Crianças, de 1992, a coalizão entre democrata-cristãos e liberais, liderada por Helmut Kohl, reservou-se o direito de diferenciação no trato a crianças alemãs e estrangeiras. Os jovens estrangeiros refugiados sem tutela são tratados como adultos a partir dos 16 anos, dois anos antes do que os nacionais. Como conseqüência, são responsáveis por solicitar asilo por conta própria, sem conselheiro ou tutor, adverte Marei Pelzer, da Pro Asyl.

“Cada criança que chega aqui, não importa se é perseguida, se fugiu ou foi enviada por motivos econômicos, deve ser tratada primeiramente como criança ou adolescente, e só depois como estrangeiro, refugiado ou possível asilado”, exigiu Meissner.

O debate em torno da ratificação da Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças não foi resolvido nem pelos democrata-cristãos/liberais sob Kohl, nem pelos social-democratas/verdes de Gerhard Schröder, nem pela “grande coalizão” de democrata-cristãos e social-democratas, no primeiro mandato de Angela Merkel, observou o assessor da Terre des Hommes.

Os ativistas interpretaram como sinal positivo o fato de o atual governo (democrata-cristão/liberal) incluir a eliminação da “reserva” relativa à idade como um dos objetivos de seu contrato de coalizão. “Pressionaremos o governo para que o faça imediatamente, pois a Alemanha está violando direitos das crianças”, denunciaram Meissner e Pelzer à Deutsche Welle.

Autor: Rosa Muñoz Lima (dd)
Revisão: Augusto Valente