Arquivo da tag: caça às bruxas

Caça às bruxas perdura pelo século 21 adentro

Acusações de bruxaria ainda custam vidas. Processos de reabilitação na Alemanha tentam sensibilizar para atualidade do tema. Na África, caça às bruxas matou, ultimamente, mais do que durante Inquisição.

[Insa Moog, DW, 4 mar 12] Hartmut Hegeler tem uma grande meta na vida. O pastor luterano e professor de Religião aposentado se bate pela recuperação da honra de Katharina Henot, mesmo que com quase 400 anos de atraso. Antes de ser executada por estrangulamento e ter seu corpo incinerado em 1627, a comerciante de Colônia foi difamada como bruxa.

Hegeler apresentou ao conselho municipal da cidade renana uma petição pela reabilitação moral de Henot e de outros colonianos perseguidos como feiticeiros. Na época, 38 sentenças de morte foram infligidas em Colônia. Entre os executados, encontravam-se também três homens e um menino. Continue lendo

“Martelo das Bruxas” orientou séculos de perseguição às mulheres

Monge alemão Heinrich Kramer possuía o que se define hoje como uma estrutura psicológica neurótica. Ele concentrou a misoginia de sua época num tratado para caça às bruxas. DW conversa com a historiadora Irene Franken.

[Laura Döing, DW, 28 fev 12] Katharina Henot foi a primeira. Depois que, em 1627, a influente comerciante foi condenada e executada por “magia maléfica”, iniciou-se uma avalancha de processos por bruxaria na cidade alemã de Colônia: nos três anos seguintes, pelos menos 24 mulheres foram acusadas e mortas.

Cento e quarenta anos antes, um monge dominicano estabelecera os fundamentos para identificação e perseguição às feiticeiras, naquilo que hoje se chamaria um best-seller: o Martelo das Bruxas –Malleus maleficarum ou Der Hexenhammer. O tratado compilava o saber e os medos da época, fornecendo os argumentos necessários àqueles que acreditavam na caça às bruxas.

Hoje, o Conselho Municipal de Colônia se ocupa da reabilitação oficial de Katharina Henot. A Deutsche Welle conversou com a historiadora Irene Franken, natural da cidade renana, sobre um dos livros mais infames jamais publicados. Continue lendo