Apartheid Espiritual, a Nossa Miséria ~ por José Roberto Prado

“APARTHEID” é uma palavra Africâner — idioma derivado do Holandês, falado na África do Sul — que significa “separação”.

Foi usada para descrever o regime de segregação racial praticado naquele país pela minoria branca sobre a grande maioria não branca, de 1948 até 1995.

Sob este regime, a lei determinava onde cada grupo deveria morar, que tipo de trabalho poderiam se dedicar e qual educação receberiam.

A África está sofrendo de uma praga mortal.

Enquanto nos prósperos países ocidentais se gastam bilhões em busca da cura da calvície ou da obesidade, na África, a malária, cólera e tuberculose ainda matam milhões.

A AIDS, por si só, ceifará a vida de uma geração inteira em vários países. Mas não é sobre esta tão divulgada miséria africana que escrevo.

É sobre a nossa miséria, a praga mortal que nos envenena, chamada “segregação”.

Nós, cristãos evangélicos brasileiros, praticamos sobre a maioria da população mundial um regime de APARTHEID ESPIRITUAL.

Insensíveis ao clamor à nossa volta – não queremos ter nossos olhos abertos – caminhamos indiferentes a bilhões que nunca tiveram a oportunidade de ouvir o Evangelho.

Assim como naquele diabólico regime de segregação praticado na África do Sul, nossas igrejas, hoje, acolhem padrões de pensamento e práticas que, como conseqüência, condenam milhões à cegueira espiritual, à morte eterna, à inanição, por falta da Verdade.

Alguns diriam que as coisas têm mudado. Mas a que ritmo?

O das trevas, talvez.

Quantas de nossas igrejas estão envolvidas em missões? E estas (pouquíssimas), quanto têm investido na obra missionária? Um cálculo rápido nos fará ver que hoje, no Brasil, a proporção é que são necessários 100 mil crentes para o envio de 1 missionário transcultural! Sim, nós estamos miseravelmente doentes.

Os anos de triunfalismo e romantismo já passaram. É preciso que pensemos com sobriedade e busquemos o antídoto para nosso mal: arrependimento, confissão e mudança de atitude! Àqueles envenenados pela indiferença e segregação o Senhor oferece Seu santo bálsamo do perdão e da restauração.

Mas precisamos querer ser curados, precisamos reconhecer a gravidade das nossas chagas, precisamos clamar por transformação, por conversão!!!

Vivemos dias maravilhosos. Dias de oportunidades únicas, de portas abertas, de milagres poderosos de Deus. Nunca, na história, houve tal clamor por parte das nações!

Olhemos para Jesus Cristo! Com paciência Ele nos chama a ser um povo fiel, sadio, maduro, que o siga com alegria, determinação e humildade.

Juntos nós podemos fazer tantas coisas…

Caso esteja “envenenado”, enquanto é tempo, busque o antídoto com nosso Senhor Jesus.

Mas por favor, não demore, sua doença é grave.

VOCÊ corre perigo!

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